O objetivo desta pesquisa foi avaliar um módulo de um
programa de formação continuada semipresencial acerca da toxoplasmose
para educadores. Para tanto, avaliamos as habilidades cognitivas de 165
profissionais de escolas municipais de educação infantil e fundamental nível I,
antes e após a execução de um curso semipresencial online, no período de
2009 a 2013. Quanto ao nível de conhecimento geral sobre toxoplasmose, em
todas as questões, observamos aumento significativo (p<0,0001), após o curso
quando comparados com os dados iniciais. Em relação ao agente etiológico,
entre 97% das pessoas que possuíam conhecimento insatisfatório antes da
aplicação do curso, apenas 8% permaneceram (p<0,0001) no mesmo nível. Os
sinais clínicos da toxoplasmose humana mais citados depois do curso, em
ordem decrescente, foram: aborto e/ou problemas congênitos (60%) e
linfadenopatia (53,9%), enquanto que em animais foram febre (29,1%) e aborto
(26,7%). Os meios de transmissão mais citados pelos cursistas após a
intervenção foram: o contato com fezes de gatos infectados contendo oocistos
(51,5%) e, em seguida, em menor proporção, a ingestão de carnes cruas e mal
cozidas (37,6%). Os meios de prevenção mais citados, após o curso, foram:
evitar comer carnes cruas e mal cozidas (58,2%) e evitar o contato com fezes
de animais (51,5%). Com base nos resultados obtidos nesta pesquisa, foi
possível comprovar a contribuição positiva da formação continuada de
docentes, por meio de recursos da Educação a Distância (EaD), para a
aquisição de conhecimentos, fato inédito na literatura consultada.