Objetivou-se avaliar três estratégias de suplementação, sobre as características produtivas do pasto e seu reflexo na produção animal. Avaliou-se também o efeito das estratégias de suplementação no comportamento ingestivo de bovinos em pastejo. O experimento foi conduzido na Universidade Federal do Tocantins, na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia - Campus de Araguaína-TO. Foram utilizados 18 bovinos de corte, machos inteiros, com peso vivo inicial de 291 kg. Os animais foram mantidos em 4,8 hectares de pastagem de capim-Piatã (Urochloa brizantha cv. Piatã), de Janeiro a Maio de 2014. A pastagem foi dividida em 24 piquetes de 0,2 hectares, manejada sob pastejo intermitente, com período de descanso variável, sendo aplicados 60 kg/ha de P2O5 no início do experimento e 50 kg/ha de NK a cada ciclo de pastejo. Os animais do tratamento controle receberam mistura mineral à vontade (MM), e os animais dos tratamentos energético (SE) e protéico-energético (SPE) recebiam diariamente 2 gramas de suplemento para cada quilograma de peso vivo. O ganho médio diário (GMD) foi maior para os animais suplementados com SPE e SE em relação à MM, sendo os ganhos de 1,097; 0,974 e 0,831 kg/animal/dia, respectivamente. Maior ganho de peso total e por área e maior carga animal foi observado para as estratégias de SPE e SE. A taxa de lotação foi de 4,78; 4,56 e 3,84 UA/ha, para as estratégias de SPE, SE e MM, respectivamente. O ganho de peso adicional dos animais recebendo SPE e SE foi de 0,266 e 0,143 kg/animal/dia, respectivamente, em relação à MM. Em função da suplementação, o comportamento ingestivo dos animais foi alterado. O tempo de pastejo (TP), ruminação (TR) e outras atividades (OA) foram modificados pelas estratégias de suplementação, sendo observado maior TP e menor TR e OA na condição de saída, com TP médio 105,56 minutos a mais e TR e OA de 53,33 e 52,22 minutos a menos, em relação à condição de entrada, independentemente da estratégia de suplementação. Um maior número de refeições com menor tempo por refeição foi verificado na condição de entrada em detrimento à saída, com valor médio de nove refeições com tempo médio de 48,32 minutos. A maior taxa de bocados-TB (bocados/minuto) foi observada na condição de entrada, com valor médio de 41,84 bocados/minuto, porém o número total de bocados foi maior na condição de saída, com valor médio de 20287,98 bocados. Em razão da maior TB, o número de bocados e o tempo por estação alimentar (segundos) foram maiores na condição de entrada, com valor médio de 9,70 bocados com tempo de 13,84 segundos por estação alimentar. Em virtude da menor quantidade de forragem na condição próxima ao término do período de ocupação, os animais aumentam o número total de estação alimentar, e consequentemente, percorrem uma maior área à procura de sítios favoráveis de pastejo.