A utilização de subprodutos agroindustriais consiste em uma alternativa para a produção de ovinos confinados, uma vez que a alimentação dos animais neste tipo de sistema representa um dos maiores custos. Dentre os subprodutos com potencial para uso na alimentação de ruminantes, tem-se a torta de babaçu (Orbignya speciosa) que é o resíduo oriundo da prensagem da amêndoa, após extração do óleo. Diante da disponibilidade deste subproduto na região Norte do país, objetivou-se avaliar a inclusão da torta de babaçu em substituição a silagem de capim elefante (SCE), sobre o consumo, desempenho, características de carcaça, rendimento de cortes comerciais e componentes não carcaça de cordeiros em crescimento, em sistema confinado. Foram utilizados 45 cordeiros machos, castrados, mestiços de Santa Inês, com peso corporal inicial de 19,08 ± 0,41 kg, alojados em baias individuais em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e nove repetições. Os tratamentos foram níveis de substituição da SCE pela torta de babaçu (0%, 12,5%, 25%, 37,5% e 50%), sendo formuladas em dieta com 40% de volumoso e 60% de concentrado, de forma a atender ao requerimento de ganho em peso diário médio de 200 g/animal/dia. Não houve diferenças (P>0,05) para o peso corporal final, ganho de peso diário, consumo de matéria seca e conversão alimentar. A média de ganho de peso diário foi de 196 g/dia. Em relação aos cortes, a paleta apresentou comportamento linear crescente com a inclusão do subproduto (P<0,05), e o lombo, reduziu de forma linear (P<0,05), de acordo com a substituição da SCE por torta de babaçu. O peso dos componentes não carcaça não foram influenciados (P>0,05) pela substituição do volumoso, exceto para fígado, que aumentou seu peso linearmente (P<0,05). A torta de babaçu pode substituir SCE, até o nível de 50%, sem comprometer o desempenho, as características de carcaça e rendimento de cortes comerciais.