O presente trabalho retrata no âmbito do global ao local, o mundo do trabalho, diante de sua trajetória histórica, econômica, social e cultural frente ao processo de reestruturação produtiva e todas as facetas advindas desse processo. Dentre as quais, por meio do processo de terceirização e do trabalho informal, consolidou alternativa de sobrevivência, principalmente, a muitas mulheres trabalhadoras, que viram por meio do trabalho precário, meio de sobrevivência, nesse ínterim, o município de Franca-SP, conhecido mundialmente pela produção do calçado masculino, se cochou com todas as mazelas econômicas e sociais vindas dessas tendências junto à realidade da sua população. Esse cenário foi campo fértil para o afloramento das oficinas de costura de lingerie no município de Franca-SP, haja vista, que junto a essas novas tendências, atreladas a cultura do calçado, se configuraram várias formas de precarização, sonegação de Direitos, múltiplas funções aderidas pelas mulheres nesse contexto, relações familiares afetadas e desgastadas e a cultura do individualismo que permeia a negação do coletivo como força e agente de transformação da realidade concreta dada. Nessa dimensão, contemplamos a importância da práxis da Economia Solidária que visa o empoderamento da sociedade precarizada no âmbito do desenvolvimento local, junto à mediação do profissional Assistente Social compromissado com seu Código de Ética, para a contribuição pela transformação social, dando voz a quem não tem, por meio do Método da História Oral, provendo a perspectiva do local ao global.