No século XXI, crises ambientais, econômicas e energéticas, fortemente
interconectadas, desafiam a sociedade moderna. No sistema econômico vigente
(Economia), a demanda por produtos e serviços (Energia) cresce de forma
significativa a cada dia. No entanto, a produção energética, baseada em grande
parte em uma matriz fóssil, gera a emissão de gases poluentes (Ecologia), que
prejudicar a saúde humana e ocasionam problemas ambientais, tais como a chuva
ácida, o smog fotoquímico, o aquecimento global.
Neste contexto, modelos geométricos simples foram desenvolvidos, de
modo a relacionar de forma sistêmica as questões ambientais, econômicas e
energéticas. A partir destes modelos, foram elaboradas propostas para solucionar
conjuntamente as crises, utilizando, para isso, soluções tecnológicas e não
tecnológicas (cooperação).
Do ponto de vista tecnológico, uma medida importante seria a substituição
de combustíveis fósseis por alternativas energéticas mais limpas no setor de
transporte. Neste contexto, o etanol brasileiro constitui uma opção interessante,
por ser um combustível renovável e mitigar as emissões de dióxido de carbono
(CO2). No entanto, se formos analisar toda a cadeia produtiva do etanol, diversos
impactos sociais, ambientais e econômicos nas fases agrícola, industrial e de
consumo do etanol.
Neste trabalho, utilizamos sensores fotoacústicos e eletroquímicos para
avaliar a emissão de poluentes atmosféricos, tais como o etileno (C2H4), monóxido
de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de enxofre (SO2) na
exaustão de motocicletas e veículos de passeio movidos a etanol.
Avaliando os impactos gerados na cadeia produtiva do etanol, notamos que
as questões econômica, energética e ecológica estão profundamente associadas,
ou seja, de acordo com o modelo geométrico proposto neste trabalho.