A ocupação da região do Vale do Reginaldo pela área urbana da cidade de Maceió trouxe alguns problemas relacionados à drenagem urbana. Em toda
esta bacia, o desenvolvimento do sistema de drenagem ocorreu, assim como o desenvolvimento urbano, de forma desordenada, como acontece na maioria
das capitais do Brasil. As regiões baixas da bacia, naturalmente alagáveis, foram ocupadas e impermeabilizadas. O excedente do escoamento passou a
causar transtornos freqüentes, inundando boa parte da bacia. Juntamente com as falhas do sistema de drenagem, do ponto de vista quali-quantitativo, ocorre a degradação dos corpos dágua urbanos pelo lançamento de esgoto e lixo. Apesar dessas constatações, pouco se sabe a respeito do comportamento das bacias urbanas de Maceió e, tampouco, os efeitos da urbanização sobre o processo de ocorrência de cheias nestas bacias. Portanto, fez-se, necessário um estudo detalhado, visando à compreensão de seu funcionamento, objetivando o bom planejamento das ações na bacia, que compreendem tanto os aspectos técnicos relacionados ao sistema de drenagem, quanto os relacionados ao urbanismo. Entende-se que a maior parte dos problemas encontrados é resultante de uma quase ausência de planejamento do desenvolvimento urbano, somado ao baixo índice de investimentos em infraestrutura nessas bacias. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o impacto da aplicação das Diretrizes do Plano Diretor do município de Maceió
na Bacia do Riacho Reginaldo, em conjunto com o código de urbanização, no que diz respeito ao uso e ocupação do solo da Bacia do Riacho Reginaldo em
Maceió-AL, sobre o escoamento superficial. Esse trabalho se insere no contexto de um projeto maior, denominado Definição de critérios para elaboração de plano de gestão ambiental integrada de bacias urbanas. Estudo de caso: Bacia do rio Reginaldo, com financiamento do CNPq através do Edital MCT/CNPq/CT HIDRO No 14/2005 (Casadinho), desenvolvido em parceria entre a UFAL, UFMG e EESC/USP.