O desenvolvimento de uma nova droga segue critérios de segurança baseado em guias de pesquisa como a Organisation for Economic Cooperation and Development (OECD) e agências reguladoras de saúde. Esses estudos visam avaliar e fiscalizar um possível medicamento, pois pesquisas com novas substâncias são de importância relevante, pelos agentes infecciosos estarem se tornando cada vez mais resistentes as drogas terapêuticas, além dos seus efeitos colaterais. Nesse estudo, as substâncias utilizadas foram produto de alga marinha, dolabellanodienotriol (DBD3) e uma aminometilnaftoquinona sintética (R425), nas quais já foram submetidas a testes in vitro de citotoxicidade e atividade anti-Herpes Simples vírus tipo 1 (HSV-1) e testes in vivo com o DBD3 avaliando toxicidade aguda apresentando resultados promissores. Os objetivos desse estudo foram continuar a avaliar in vivo, o DBD3 em testes de toxicidade subcrônica por 50 dias e a R425 em testes de toxicidade aguda (DL50-48 horas e 14 dias) e subcrônica por 90 dias. Além disso, investigar a atividade antiviral contra HSV-1, todos os testes foram por via oral. Os animais tratados com DBD3 e R425 foram avaliados quanto ao comportamento, peso, parâmetros hematológico, bioquímico e histológico. Os ratos tratados com 15 mg/Kg/dia com DBD3 não houve óbito. Nas análises hematológicas e bioquímicas foram observadas mudanças entre os períodos D30 e D50 retornando aos níveis basais no dia 50 em todos os grupos. Nos testes de toxicidade aguda com a R425 para DL50 com dose de 2000 mg/Kg por 48 horas; e ao final de 14 dias nas concentrações 55, 175 e 550 mg/Kg, em dose única, não houveram mudanças significativas de peso, comportamento e sem morte nos camundongos BALB/c. Nos parâmetros hematológicos e bioquímicos houveram algumas mudanças significativas retornando aos níveis basais no 14º dia do experimento. As alterações histológicas do fígado, rins e coração foram reversíveis. O teste de toxicidade subcrônica da R425, nas doses 15 e 25 mg/Kg/dia apresentou mudança de peso em todos os grupos. Na análise hematológica houve um aumento significativo no número de plaquetas com o DMSO 10%. Na análise bioquímica as alterações em todos os parâmetros no D90 retornaram aos níveis de referência. Na histologia houve algumas alterações em todos os órgãos, principalmente no grupo R425-25 mg/Kg/dia. Nos testes de atividade antiviral com DBD3 (20 mg/Kg/dose) e R425 (15 mg/Kg/dose), resultaram em redução das lesões por infecção com HSV-1 semelhante aos resultados com ACV. Nos testes de toxicidade com as substâncias DBD3 e R425 foram observadas algumas alterações fisiológicas, principalmente na concentração de 25 mg/Kg/dia com a R425, mas todas as alterações foram consideradas reversíveis e, durante os períodos dos experimentos, os animais não tiveram mudanças comportamentais, nem óbito. A atividade antiviral de ambas as substâncias, mostraram inibição das lesões resistentes da infecção pelo HSV-1. Concluindo, o DBD3 e a R425 apresentaram baixo efeito citotóxico e tóxico, pela categoria 5, de acordo com OECD 425. E boa atividade anti-HSV-1, reduzindo as lesões herpéticas. Esses estudos demonstraram que o DBD3 e a R425 são substâncias promissoras para serem utilizados como futuros fármacos.