A espécie Tectona grandis Linn f., de nome popular “teca”, pertence à família Lamiaceae (antiga Verbenaceae), também sendo conhecida por teak, teck, ojati, may sak e tiek, tendo como sinonímia botânica os seguintes: Tectona theka Lour. e Theka grandis (L. f.) Lam. Trata-se de uma espécie originária do continente asiático, naturalmente distribuída em apenas quatro países do planeta: Índia, Mianmar, Tailândia e Laos. Foi introduzida em várias regiões da África, America do Sul e Central, mais intensamente na Colômbia, El Salvador, Equador, Venezuela, Panamá, Trinidad e Tobago. No Brasil, o primeiro experimento com a teca ocorreu na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ (Piracicaba/SP) e foi conduzido pelo pesquisador Helladio do Amaral Mello. Contudo, há relatos que os primeiros exemplares de teca foram plantados no Jardim Botânico do Rio de Janeiro/RJ e no Horto de Rio Claro/SP. Para fins de produção no Brasil, os plantios se iniciaram no final dos anos 60 no município de Cáceres – Mato Grosso, que conta com condições edafoclimáticas próximas dos países onde a árvore cresce de forma natural. Junto a isso, estudos silviculturais em conjunto com os solos de qualidade favorável tornou possível reduzir o ciclo natural de 60 a 80 anos para 20 a 25. Por ser um material higroscópico, a madeira é capaz de adsorver e perder água para a atmosfera, provocando alterações em suas três direções estruturais quando o seu teor de água está abaixo do ponto de saturação das fibras. A higroscopicidade da madeira é resultante da natureza hidrofílica dos componentes da parede celular, onde as hidroxilas presentes na celulose e hemicelulose são polares e se ligam às moléculas de água. A determinação da instabilidade dimensional viabiliza a classificação da madeira quanto a sua utilização adequada, sendo um importante fator a ser estudado em programas de melhoramento genético. O coeficiente de anisotropia (ou relação T/R) é um importante índice no estudo das retrações da madeira, sendo determinado pela razão entre as retrações tangencial e radial. Quanto mais elevado for o coeficiente, maior a tendência da peça de madeira apresentar defeitos de empenamento e rachaduras. Via de regra, a contração na direção tangencial é, aproximadamente, duas vezes maior em relação à radial. O varia de 1,5 a 2,5, sendo desejável menores valores quando a estabilidade dimensional for importante para determinado uso da madeira.