Visando estudar biotécnicas reprodutivas que possam melhorar a produção embriões in
vitro na Amazônia. O experimento objetivou analisar os efeitos dos níveis
pluviométricos, sêmen utilizado, crioprotetores (diluidores) de sêmen, presença do
folículo dominante e corpo lúteo sobre a quantidade e qualidade de oócitos e na taxa de
embriões. O experimento foi realizado na fazenda Paraíso no município de Cachoeira do
Arari, Ilha do Marajó - PA, durante de um ano. Folículos com diâmetro acima de 4,0 mm
foram obtidos pela técnica de aspiração folicular – Ovum Pick-up (OPU), guiada por
ultrassonografia. Foram selecionadas 40 búfalas para OPU e três reprodutores para
colheita seminal, todos da raça Murrah e em idade reprodutiva. Para criopreservação
foram testados os diluidores BotuBov® e o Tes-Tris. Os complexos cumulus oophorus
(CCOs) foram processados no Laboratório de Produção in vitro da Escola de Ensino
Técnico do Estado do Pará (EETEPA). Os melhores (CCOs) foram maturados,
fertilizados e cultivados in vitro, após seis dias, os embriões foram qualificados e
quantificados, usando a técnica desenvolvida pelo laboratório de FIV da UFPA. O
diluidor BotuBov® foi o diluidor usado na PIVE por apresentar melhor motilidade
progressiva (p<0,05), (70,70% ± 10,90%) em relação ao Tes- Tris (60,42% ±6,00%). Não
houve diferença estatística (p> 0,05) nas médias e desvio padrão dos folículos total
aspirados, (11,75±5,23), de folículos aspirados por animal (11,23±1,39), de CCOs
rastreados total (10,5±61,65) e de CCOs rastreados por animal (5,96±1,56) entre a estação
chuvosa e a menos chuvosa (folículos totais aspirados 12,47±4,86, folículos aspirados por
animal 11,74±1,04, CCOs rastreados total 118,5±12,02 e CCOs rastreados por animal
7,27±0,83) respectivamente. Assim como, não houve diferença significativa (p>0,05) na
presença do corpo lúteo e de folículos dominantes e do escore de condição corporal
(ECC). Nas taxas de embriões, também não houve diferença estatística (p>0,05), entre
estações mais chuvosa (25,25% ±0,64%) e menos chuvosa (19,37% ±14,06%),
respectivamente. Não verificamos diferenças estatísticas nas taxas de embriões, (p>0,05)
em relação ao sêmen utilizados (59,33% ±22,27%, 38,29% ±20,35% 54,17% ±31,55%).
Desta forma, concluímos que as variáveis estudadas não influenciaram na produção de
embriões.