Os efeitos da inclusão de níveis crescentes da combinação das frações solúvel e insolúvel, na
proporção 1:4 de fibras funcionais de linhaça foram avaliados em dietas para juvenis de tilápia
do Nilo (Oreochromis niloticus), sobre parâmetros de eficiência de desempenho, composição
corporal e deposição de nutrientes, rendimento corporal e índices digestivos, enzimas
digestivas, parâmetros plasmáticos, metabólitos hepáticos e produção de ácidos graxos de
cadeia curta (AGCC). Para isso, o pró-nutriente de fibras de linhaça foi adicionado em cinco
níveis crescentes (00, 20, 40, 60, 80 g/kg) à dieta das tilápias (13,33 ± 0,13 g), através de um
ensaio biológico durante 60 dias, em um sistema de recirculação de água. Nesse período, os
peixes foram alimentados até a saciedade aparente, três vezes ao dia. Ao final do período
experimental, os peixes foram submetidos a jejum de 18 horas antes da coleta dos dados. O
desenho experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições
(500 peixes). Os dados foram submetidos à análise de variância e às medias comparadas pelo
teste de Tukey (P<0,05). Os resultados indicam que o pró-nutriente de fibras funcionais de
linhaça não influenciou na eficiência de desempenho dos peixes, assim como, nos índices
digestivos, enzimáticos, plasmáticos e metabólitos hepáticos. Contudo, foram verificados
maiores índices de gordura, matéria seca corporal e maior produção de ácidos graxos de cadeia
curta pela microbiota intestinal, com a inclusão de 60 g/kg do pró-nutriente, na dieta de juvenis
de tilápia. Assim como, maior deposição de gordura corporal com o nível de 20 g/kg do pró-
nutriente. Em conclusão, o pró-nutriente de fibras de linhaça, possivelmente atuou na partição
energética, alterando a composição corporal dos juvenis de tilápia, porém outros estudos devem
ser conduzidos para entender a relação do pró-nutriente de fibras com a espécie em questão.