Baseado na ação benéfica dos antioxidantes na saúde animal, associada à
necessidade de desenvolvimento de estratégias para segurança alimentar e para o manejo
sanitário da psicultura, objetivou-se avaliar a atividade imunomoduladora e efeito
antioxidante da suplementação alimentar com alga verde (C. pyrenoidosa) no tempo de
prateleira de files de tilápias do Nilo (O. niloticus) desafiadas com A. hydrophila, por meio da
determinação da qualidade microbiológica (colimetria, contagens de microrganismos
mesófilos, psicrotróficos, Staphylococcus aureus e Enterobacteriaceae), análise físicoquímica (colorimetria, pH, produção de ácido tiobarbitúrico) e sensorial, e avaliação
hematológica, bioquímica, exsudato inflamatório e burst respiratório. O estudo foi realizado
em dois ensaios experimentais:, primeiro utilizando 90 tilápias do Nilo (± 100 g)
acondicionadas em 10 aquários (n=9), suplementadas com ração contendo C. pyrenoidosa
por trinta dias, constituindo o seguinte tratamento PF (sem tratamento e sem inóculo de A.
hydrophila); T0 (sem tratamento com C. pyrenoidosa e inoculados com A. hydrophila); T1
(tratados com 5g de C. pyrenoidosa/kg de ração e inoculados com A. hydrophila); T2
(tratados com 10g de C. pyrenoidosa/kg e inoculados com A. hydrophila) para o estudo
imunomodulador. Segundo utilizando 84 tilápias do Nilo (± 100 g) acondicionadas em 12
aquários (n=7), suplementadas com rações contendo C. pyrenoidosa por trinta dias. Na a
avaliação moduladora da reação inflamatória, tilápias suplementadas com C. pyrenoidosa
apresentaram aumento de células inflamatórias no exsudato em 6h, aumento dos leucócitos
totais 24h, diminuição das espécies reativas de oxigênio (ROS) e aumento de creatinina 6h,
além de aumento de proteínas totais, globulinas e albumina. Enquanto no estudo de tempo
de prateleira, tilápias tratadas apresentaram diminuição nas contagens de microrganismos
mesófilos, psicotróficos, colimetria e enterobacterias comparados aos animais controles.
Observou-se aumento na luminosidade (L*) e (∆E) nos animais tratados com 10g, e tilápias
controles apresentaram maior oxidação lipídica com 30 dias e aumento progressivo do pH.
Contudo, a suplementação com C. pyrenoidosa resultou em melhora das condições dos filés
durante a vida de prateleira, bem como modulou a reação inflamatória, demonstrando o
potencial desta microalga para uso na tilapicultura