A avicultura é um setor em expansão, tanto no âmbito convencional quanto na criação de
aves alternativas. As aves de crescimento lento é uma opção promissora para criação no
clima da Amazônia Ocidental pois possuem maior resistência a temperaturas elevadas.
Sendo uma atividade bastante praticada na agricultura familiar desta região e possui grande
aceitação no mercado pelo sabor e textura da carne. Entretanto as pequisas em nutrição de
frangos de crescimento lento ainda são escassas em relação as aves industriais. Desta forma,
estratégias nutricionais, como a adição de complexo enzimático e emulsificantes, que visam
otimizar esta atividade são de extrema importância. A adição de complexo enzimático
melhora a digestibilidade de nutrientes, sendo assim promove o aumento de peso nos animais
por haver mais nutrientes disponiveis. Os emulsificantes agem aumentando a superfície ativa
das gorduras, permitindo a ação da lipase, aumentando a absorção de ácidos graxos,
monoglicerídeos e nutrientes. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da inclusão de
níveis de emulsificante e complexo enzimático na ração comercial durante a criação de
frangos de corte de liinhagem caipira. O experimento foi conduzido na Universidade Federal
do Acre, utilizando 300 pintos de linhagem caipira. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 6 repetições. Os tratamentos são: T1: Ração
sem aditivos; T2: 0,2 kg/t de complexo enzimático; T3: 0,5 kg/t de emulsificante; T4: 0,2
kg/t de complexo enzimático + 0,5 kg/t de emulsificante; T5: 0,3 kg/t de complexo
enzimático + 1 kg/t de emulsificante. As aves foram pesadas a cada 14 dias para obtenção
dos dados de desempenho zootécnico e aos 70 dias foram abatidas para obtenção do
rendimento de carcaça e cortes nobres e para coleta do intestino para análise de pH e
morfometria. Nos períodos 1-14, 1-28 e 1-42 não houve diferença significativa (P>0,05)
para consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar, porém nos dois últimos
períodos houve diferença significativa. O consumo de ração foi menor no T4 e T5, o ganho
de peso foi melhor no T1, T2, T3 e T4. A conversão foi melhor nos tratamentos T1, T2 e T4.
Também não houve diferença significativa (P>0,05) na viabilidade das aves, rendimento de
carcaça e cortes nobres e rendimento de vísceras. Houve diferença significativa na
morfometria intestinal (P>0,05), o T5 foi o tratamento que obteve melhor relação vilo/cripta.
Não houve diferença significativa (P>0,05) no pH de duodeno e cecos. Desta forma,
podemos concluir que a adição de emulsificante e complexo enzimático trouxe benefícios
pontuais para o desempenho zootécnico e para a saúde intestinal de frangos de corte de
linhagem caipira e não interferiu no rendimento de carcaça e cortes, sendo necessário mais
estudos que desafiem o uso destes aditivos na alimentação de frangos de corte de
crescimento lento.