Resumo: Artigo 1: Muitos marcadores apresentam certas limitações de uso, e nesse contexto o
caulim é um possível marcador com aplicabilidade, pois apresenta características aceitáveis.
Sua quantificação é realizada indiretamente através do alumínio presente no composto, e o teor
do mesmo, determinado pelo método analítico colorimétrico com aluminon. Atualmente,
pesquisas em nutrição animal tem apresentado informações interessantes, porém, falhas na metodologia analítica do composto tem apresentado resultados não satisfatórios. Uma alternativa eficaz, é o método de digestão ácida com mistura nitroperclórica associado ao ácido
fluorídrico. Assim, a busca por novas metodologias acessíveis, práticas, de baixo custo que promove resultados acurados, precisos e robustos para a quantificação do teor de Al no caulim,
se faz necessário diante desse cenário. Artigo 2: Nós testamos um novo procedimento analítico
quantificativo de extração de Al em caulim e comparamos os resultados com amostras analisadas pelo método colorimétrico aluminona e leitura por espectroscopia de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. Por meio do novo procedimento, amostras puras de caulim e fezes, e/ou misturadas foram digeridas em mistura ácida nitroperclórica, após,
acrescentado ácido fluorídrico e quantificadas por espectrofotometria de absorção atômica.
Conclui-se que o procedimento analítico proposto pelo estudo foi acurado e robusto quanto a extração de Al de amostras de fezes bovina com caulim. Artigo 3: No Exp. 1, buscou-se
substituir o dióxido de titânio pelo caulim, fornecidos via oral, como marcadores fecais,
enquanto se utilizou o óxido crômico como marcador do consumo de suplemento. Foram realizados três ensaios sequenciais, sendo que em cada ensaio utilizou-se quatro garrotes Nelore inteiros, que receberam individualmente e simultaneamente 20 g de TiO2 e 80 g de caulim/animal via oral, 2,0 kg de suplemento contendo 1% de óxido crômico. Afim de avaliar
a diferença das avaliações nutricionais entre diferentes horários de coleta de fezes foram coletadas fezes em dois horários (08h00min e 16h00min), após realizada uma amostra composta destes. Não foram verificadas diferenças significativas (P=0,7976) na determinação
da excreção fecal quando determinados pelos marcadores externos dióxido de titânio e caulim,
e comparados entre eles. Quando foram comparados os resultados finais por meio de coletas de fezes em diferentes horários, não foi verificado efeito significativo entre os valores estimados.
Conclui-se que o caulim foi capaz de estimar a excreção fecal de bovinos de corte a pasto, e o
manejo de coleta de fezes realizada uma vez ao dia é suficiente para estimar as avaliações nutricionais dos mesmos. No Exp. 2, avaliou-se a possibilidade de substituir o dióxido de titânio
pelo caulim, fornecidos via suplemento, como marcadores de excreção fecal em bovinos de corte a pasto (4 garrotes/estudo; 360 dias de idade). Observou-se que o caulim apresentou
resultados superiores (P ≤ 0,0002) ao estimado pelo TiO2 (2,70 e 5,25 kg/d, respectivamente; EPM = 0,357). Conclui-se que o fornecimento via suplemento do marcador externo caulim, não
permitiu a estimativa de excreção fecal de garrotes. Artigo 4: Foram realizados dois experimentos simultâneos para avaliar a substituição do LIPE® como estimador da excreção
fecal, e do óxido crômico como estimador do consumo de suplemento por Caulim (Exp. 1) e dióxido de titânio (Exp. 2). Foram utilizados doze garrotes Nelore (4 garrotes/tratamento; 233
± 6,2 kg de PC). Os animais foram distribuídos em um delineamento de quatro quadrados latinos 3 x 3 simultâneos. Concluiu-se que os marcadores externos caulim e TiO2, foram capazes de estimarem a excreção fecal e os consumos de matéria seca de bovinos de corte a pasto.