SANTOS, U. G. Achados anatomopatológicos em Testudines no Distrito Federal, Brasil. Salvador, 2021. 45p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) – Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade Federal da Bahia, 2021.
Com o objetivo de determinar as principais causas de morte de Testudines no Distrito Federal, foram revisadas todas as fichas de necropsia realizadas no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade de Brasília (LPV-UnB) em Testudines, durante o período de janeiro de 2008 a julho de 2020. Os 72 casos revisados foram agrupados e classificados quanto à espécie, procedência, estação do ano de ocorrência e diagnóstico. As espécies que mais ocorreram foram cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus [26,4%]), tigre-d’água (Trachemys dorbigni [25%]), Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria [9,72%]), jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata [6,94%]), tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa [1,4%]) e Quelônios, quando não foi possível fazer a identificação (30,55%). Destes animais 66,6% eram provenientes de órgão ambiental e 33,3% de cativeiro. Em 70,83% dos animais analisados tiveram direta relação com as estações de outono e inverno, sendo o mês de junho o mais frequente (29,17%). O diagnóstico conclusivo foi possível em 68,05% dos casos. A categoria de distúrbios causados por agentes físicos (46,94%) foi a mais prevalente, seguido das doenças inflamatórias (22,45%) e dos distúrbios nutricionais e metabólicas (20,41%). Fratura de casco e/ou plastrão (40,82%) foi a principal causa de morte em Testudines neste estudo. As demais causas de mortes foram distribuídas em ordem decrescente em: pneumonia (22,45%), esteatose hepática (20,41%), septicemia (10,20%) e queimaduras (6,12%). A maior parte dos casos de fratura de carapaça ou plastrão e de esteatose hepática ocorreram em animais provenientes de órgão ambiental.