O presente trabalho objetivou produzir nanofibras para a finalidade de uso em
regeneração tecidual, utilizando álcool polivinílico (PVA) e colágeno, extraído da
pele de rã touro (Lithobates catesbeianus), a partir da técnica de eletrofiação. O
colágeno extraído da pele de rã touro foi purificado, e uma porção desse colágeno
foi hidrolisado utilizando a enzima Alcalase®, nas seguintes condições: temperatura
de 55º C, tempo de 3 horas, concentração enzima:substrato de 1% e pH 6,92.
Foram produzidos 4 nanofibras de PVA/Colágeno com diferentes concentrações de
colágeno hidrolisado (CH) (0%, 10%, 20% e 30% respectivamente) (m/m) de PVA.
O processo de extração e purificação do colágeno foi eficiente e favorável para a
produção das nanofibras, apresentando 0,07 ± 0,78 % de matéria mineral e 0,06 ±
0,01 % de material lipídico. O rendimento em base seca observado na extração do
colágeno bruto foi de 16,58%. O hidrolisado produzido a partir do colágeno
purificado apresentou grau de hidrólise e proteína solúvel de 5,70% e de 53,97 mg
mL-1
, respectivamente. A atividade antioxidante do colágeno hidrolisado foi de IC50
6,82 ± 0,09 mg mL-1
, as nanofibras PVA/Colágeno+CH não apresentaram atividade
antioxidante. O colágeno hidrolisado e as nanofibras demonstraram atividade
antimicrobiana contra a cepa de Staphylococcus aureus. Os curativos produzidos
de PVA/COL+CH 0%, 10%, 20% e 30%, demonstraram características físicoquímicas que estão de acordo com a literatura em relação as análises
termogravimétricas e Espectroscopia (FTIR). Em relação a microscopia eletrônica
de varredura, o filme PVA/COL+CH 10% destacou-se, pois apresentou maior
uniformidades nas nanofibras, esse resultado corrobora com os resultados da
avaliação mecânica, onde obteve maior porcentagem de elongação. Por fim, os
filmes produzidos nessa pesquisa apresentam grande potencial para a sua
utilização como curativos epiteliais, sendo um produto de alto valor agregado que
poderá ser empregado para auxiliar a regeneração epitelial.