Estudos relacionados com o uso de dietas a base de insetos é uma alternativa para alimentação de peixes de cultivo, podendo substituir as principais fontes proteicas como o farelo de soja e a farinha de peixe. O estudo foi realizado no Laboratório de Carcinicultura e no Laboratório de Produção e Reprodução de Peixes, Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná efoi dividido em digestibilidade e desempenho. A digestibilidade teve como objetivo avaliar o coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta, energia bruta, extrato etéreo e cinzas da farinha de tenébrio para juvenis de jundiá. Para o estudo foi utilizado uma ração referência e outra ração composta de 70% de ração referência e 30% do alimento teste sendo realizado a correção da quantidade de minerais e vitaminas. Foi utilizado o método indireto de coleta de fezes com adição de 0,1% de óxido de cromo (Cr2O3) como indicador interno nas rações. Foram utilizadas três gaiolas com 15 juvenis em cada, estocadas em caixas de alimentação de 1000L durante o dia sendo realizada a alimentação até a saciedade aparente. Após as 18:30h os exemplares foram transferidos para três incubadoras de formato cônico para coleta de fezes pela manhã sendo armazenadas sob refrigeração. O objetivo do experimento de desempenho foi avaliar os parâmetros zootécnicos e de rendimento de carcaça de jundiás alimentados com dietas com diferentes níveis de substituição da proteína da farinha de peixe pela proteína da farinha de tenébrio. O trabalho foi realizado no Laboratório de Produção e Reprodução de Peixes da UFPR, Setor Palotina, para o experimento foram utilizados 20 peixes de peso vivo médio de 17±4,35g em cada caixa os peixes foram mantidos em 20 caixas de 1000L em um sistema de recirculação, que contava com um soprador para oxigenação dos animais. Os peixes foram alimentados com dietas contendo níveis crescentes de substituição da proteína da farinha de peixe pela proteína da farinha de tenébrio, sendo distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições de dietas com diferentes níveis de substituição da proteína da farinha de peixe pela de proteína da farinha tenébrio em níveis de 0%, 15%, 30%, 45% e 60%. As rações foram formuladas de forma a serem isoproteicas e isoenergéticas e atenderam a exigência nutricional da espécie. Durante a execução dos dois experimentos a qualidade de água se manteve adequada para espécie. Os resultados demostram que os nutrientes e energia da farinha de tenébrio apresentaram valores adequados de digestibilidade aparente apresentando valores de CDA de matéria seca 84,7%, proteína bruta 85,95%, extrato etéreo 93,65%, energia bruta 84,86% e cinzas 87,19%. Os resultados do desempenho zootécnico dos animais foram submetidos ao teste de Levene e Shapiro-Wilk para verificação da homogeneidade e normalidade das variâncias, respectivamente. Os dados foram submetidos a análise de variância (Anova one-way) à 5% de probabilidade e não apresentaram diferenças significativas nas variáveis de peso final, ganho de peso, consumo de ração aparente, conversão alimentar aparente, taxa de eficiência alimentar, taxa de crescimento específico, ganho de peso médio diário.A composição da carcaça também não apresentou diferença significativa entre o peixe inteiro e em cabeça e vísceras nas variáveis de matéria seca, cinzas, proteína bruta e extrato etéreo. Conclui-se que a proteína da farinha de tenébrio pode substituir em até 60% a proteína da farinha de peixe em rações para jundiá.