a) A produção de larvas de peixes em quantidades e qualidades são fatores essenciais para o sucesso da aquicultura, no entanto neste setor produtivo são constantes os entraves na fase inicial, os quais limitam a oferta de juvenis e induzem a perdas econômicas substanciais para este setor. Partindo dessa premissa, este estudo teve por objetivo avaliar o uso de probiótico e os seus benefícios na fase larval do tambaqui. Para isso, este estudo foi dividido em duas etapas apresentadas em capítulos: Capítulo I: Foi possível caracterizar as bactérias autóctones a partir de testes como: caracterização morfológica, coloração de gram, catalase, oxidase, hemolítico, antagonismo e espectrometria de massa matrix-assisted laser desorption ionisation-time-of-flight (MALDI-TOF MS). Foram selecionadas 16 cepas: duas cepas da espécie Enterobacter kobei e Escherichia coli, uma cepa de Edwardsiella tarda, Bacillus cereus, Clostridium butyricum e Salmonella sp. e oito cepas de Citrobacter freundii. Quando testadas contra Aeromona jandei, nenhumas das 16 cepas conseguiram inibir o crescimento dessa bactéria patogênica. Concluindo que as 16 cepas selecionadas não possuem potencial probiótico em testes realizados in vitro.
a) Capítulo II: Foram utilizadas 6400 larvas de tambaqui (0,0010±0,0011 mm e 5,9±0,33 mg) distribuídas em 16 caixas experimentais (40 L), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro repetições: controle água doce, água doce + simbiótico, controle salino 0,2% de NaCl e tratado salino 0,2% de NaCl + simbiótico. Durante 30 dias experimentais. Larvas que foram acondicionadas nos tratamentos, controle salino e tratado salino 0,2% de NaCl + simbiótico apresentaram resultados de desempenho produtivo maior do que às larvas dos demais tratamentos, sendo que o tratamento tratado salino 0,2% de NaCl + simbiótico teve o maior ganho de peso (44,67± 10,31) entre os dias 10 e 16, período que ocorreu a transição alimentar, sendo um fator crítico na larvicultura. Sobrevivência não observou diferença entre os tratamentos, apresentando valores acima de 95%. Morfometria intestinal das larvas que receberam simbiótico na água salina apresentaram maior altura de vilosidade comparada aos demais tratamentos. Morfometria muscular de todas as larvas de todos os tratamentos apresentaram crescimento de fibras musculares com diâmetros das classes 20, 30, 40 e 50 µm, tendo tanto crescimento hiperplásico e hipertrófico característico dessa fase.