Este ensaio experimental foi delineado com objetivo de avaliar um possível ganho de peso compensatório em frangos de corte em diferentes idades submetidas a um programa de restrição alimentar quantitativo. Delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), com 5 tratamentos e 7 repetições com 32 aves por repetição, totalizando 35 parcelas experimentais, totalizando 1.120 aves. Os tratamentos consistiam em restrição alimentar quantitativa de 20% do consumo semanal esperado da tabela cobb, separados por semana: tratamento com restrição alimentar na segunda semana, tratamento com restrição alimentar na terceira semana, tratamento com restrição na quarta semana, tratamento com restrição na quinta semana, sexta semana com alimentação a vontade para todos os tratamentos e, tratamento controle sem restrição. Os dados coletados foram submetidos à ANOVA e foram avaliados por contraste. No desempenho semanal o consumo de ração foi sempre baixo no tratamento da restrição da semana quando comparado com tratamento controle, em consequencia, o peso médio também foi menor na mesma semana, e a conversão sempre maior na semana da restrição. Aos 42 dias, essas diferenças não foram observadas, sugerindo que as houve a recuperação de peso, ou seja, o frango de corte com restrição de 20% conseguiu apresentar ganho de peso compensatório. Para orgãos e tecidos, houve diferença significativa entre os tratamentos no peso relativo para trato gastrintestinal e intestino grosso, apresentando menor índice na semana que as aves passaram por restrição alimentar. Quanto a histomorfometria intestinal, de forma geral, altura de vilos e profundidade de cripta foram maiores nos tratamentos que passaram por restrição alimentar, visto que o epitélio intestinal das aves é constantemente renovado por mecanismos de reparo da muscosa intestinal, que pode ser alterado por agente nutricionais, o que os torna hiperplástico, com profundidade de cripta mais profunda. Para avaliação de graus de peito amadeirado , houve melhor resultado (dimunição da incidência) para os animais que passaram por restrição na segunda e quinta semana. Ao examinar as médias de lesões microscópicas do músculo pectoralis major, observa-se diferença somente no tecido adiposo. Conclui-se que as aves com restrição de 20% foram capazes de recuperar o peso e apresentarem o ganho de peso compensatório. Com relação à orgãos e tecidos, houve a diminuição do peso dos orgãos intestinais devido a diminuição de movimentos peristálticos frente a um período de restrição, exigindo menos do intestino e consequentemente, diminuindo o peso relativo deste. Da mesma forma, o organismo das aves reagem a restrição alimentar a nivel celular, aumentando a altura de vilos e profundidade de cripta como mecanismo para melhorar absorção de nutrientes e aumentar o reparado tecidual. Com relação as alterações musculares peitorais, a restrição aplicada neste trabalho, foi capaz de reduzir a incidência de peito madeira.