Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes estratégias de sombreamento sobre o consumo, a
digestibilidade dos nutrientes, a eficiência nutricional, o comportamento ingestivo, a
frequência respiratória e o desempenho de bovinos Nelore confinados na fase de terminação.
Duzentos e vinte e cinco bovinos Nelore pós desmama, não castrados, com peso médio
corporal (PC) de 293,58 ± 19 kg e idade de 24 ± meses foram utilizados para avaliar duas
estratégias de sombreamento do curral, sombra artificial e sombra natural, além do controle
que era sem sombreamento, seguindo delineamento inteiramente casualizado. Houve
diferença entre as estratégias de sombreamento sobre a temperatura do ar (P=0,02),
temperatura de globo negro (P<0,01) e carga térmica radiante (P<0,01) nos currais de manejo,
sendo as médias no curral sem sombreamento (Sol) 3,63%, 44,07% e 4,10% superior ao curral
com sombra natural, respectivamente. O consumo de matéria seca dos animais mantidos em
curral com sombreamento natural foi 14,76% superior em comparação aos animais sem
sombreamento (7,39 kg de MS/dia). O maior tempo em alimentação (P=0,02) foi verificado
nos animais com sombreamento artificial (2,25 h/dia). Houve maior (P = 0,05) peso corporal
final (451, 30 kg) e ganho médio diário (1,55 kg/dia) (P = 0,02) nos animais mantidos em curral
com sombreamento natural. Não houve diferença na eficiência alimentar e peso de carcaça
quente, com média de 0,184 kg / kg de MS e 250,36 kg. Os sombreamentos natural e artificial
são recomendados para bovinos Nelore terminados em confinamentos na região semiárida
do Brasil.