A ultrassonografia (USG) em modo B e Doppler são ferramentas úteis na avaliação ginecológica e andrológica dos animais e, em anos recentes vem se implementando o uso da USG Doppler (USGD) em pequenos ruminantes, na mensuração dos índices velocimétricos de vascularidade da artéria ovariana, na avaliação da vascularização do corpo lúteo e, na mensuração da área vascularizada dos ovários, esses dados podem fornecer informação em quanto á função dos ovários, qualidade oocitária e, resposta ou eficiência dos protocolos hormonais. O objetivo deste estudo será avaliar o fluxo sanguíneo intraovariano e a dinâmica folicular em cabras estimuladas com diferentes protocolos hormonais. As cabras (n=29) serão divididas em três grupos (PHA, PHB, PHC), e cada grupo será submetido a um protocolo hormonal de estimulação folicular, no PHA (n=10), o protocolo iniciará com a administração intramuscular de 0,075mg de Cloprostenol, 48h depois será feita a inserção intravaginal de um controlled internal drug release (CIDR) e, 48h depois da inserção do CIDR será administrada uma dose única de 60 mg de FSH e 300UI eCG. No PHB (n=8), o protocolo iniciará com a inserção de uma esponja intravaginal com Acetato de Medroxiprogesterona (MPA) mantida durante 10 dias, no dia 8 do protocolo será administrada 1ml de cloprostenol e, 36 horas antes da remoção da esponja será feita a administração de uma dose única de 80mg de FSH e 300UI de eCG. No PHC (n=11), o protocolo hormonal iniciará com a inserção de uma esponja intravaginal mantida durante 12 dias, no dia 12 será feita a injeção de 1ml de cloprostenol e 0,750ml de eCG e, 36 horas depois será feita a injeção de 1ml de GnRH. O fluxo sanguíneo do ovário será monitorado por USGD antes e depois da administração das gonadotrofinas (FSH e eCG). Antes e depois da aplicação das gonadotrofinas nos PHs, a dinâmica folicular foi monitorada por ultrassonografia em modo B em tempo real e a vascularização intraovariana foi verificada por ultrassonografia Doppler. A partir das imagens Doppler, a área foi quantificada e pontuações subjetivas da área vascularizada foram atribuídas. Em todos os PHs houve um aumento significativo (P < 0.001) no número de folículos totais. Para folículos > 3 mm e > 5 mm. PHB mostrou um aumento de +111% e +120% respectivamente. Em relação ao diâmetro folicular máximo, foi semelhante (P = 0.2877) após a administração de gonadotrofinas e apenas em PHB e PHC incrementos positivos deste parâmetro foram observados durante o período em exame (+ 19.8% vs. +18%). O protocol C mostrou, depois da aplicação hormonal, um aumento significativo (P = 0.0323) na área Doppler de
vascularização intraovariana, um resultado que não foi confirmado pela análise das pontuações da escala arbitrária. Podemos concluir que todos os protocolos de estimulação hormonal analisados foram eficientes em caprinos na indução do crescimento folicular. No entanto, apenas na associação eCG + GnRH no protocolo hormonal usado em programas para IATFdemonstraram um aumento na área de vascularização intraovariana.