A oleorresina da copaíba possui compostos bioativos (terpenos), que lhe conferem um elevado potencial antimicrobiano. Esses compostos tendem a melhorar a eficiência alimentar por meio da redução das perdas de energia na formação de metano e amônia, além de prevenir desordens digestivas, tendo impacto econômico e ambiental no sistema de produção animal. Com isto, objetivou-se avaliar a substituição do ionóforo lasalocida
por oleorresina da copaíba (Copaifera reticulata) em dietas de alto concentrado para cordeiros confinados, quanto a ingestão, comportamento ingestivo, fermentação ruminal, eficiência alimentar, desempenho e características de carcaça. Foram utilizados 24 ovinos da raça Pantaneira, machos inteiros, com peso médio inicial de 21 ± 3,9 kg e idade média de 152 dias, distribuídos em 3 tratamentos, em oito blocos de acordo com o peso vivo. Os tratamentos avaliados foram: ILS - adição de ionóforo comercial lasalocida sódica 0,150 g/kg da dieta (Taurotec, Zoetis, Campinas-SP, contendo 15% de lasalocida); OC0.5 - fornecimento de 0,5 mL/animal/dia de oleorresina da copaíba; OC1 – fornecimento de 1,0 mL/animal/dia de oleorresina da copaíba. A relação volumoso:concentrado foi de
20:80. Os dados foram avaliados utilizando o proc Mixed do SAS. O fornecimento de 1,0 ml de oleorresina da copaíba na dieta reduziu o consumo de matéria seca e nutrientes, porém não afetou a digestibilidade e o desempenho de cordeiros confinados. As dietas contendo oleorresina mantiveram o pH estável e reduziram a produção de N-NH3 e ácidos graxos voláteis no rúmen. Não houve efeito negativo do fornecimento de oleorresina da
copaíba nos parâmetros sanguíneos, urinários, acabamento e rendimento dos animais. O uso de 0,5 e 1,0 mL de oleorresina da copaíba pode substituir o uso do ionóforo lasalocida em dietas de alto concentrado para cordeiros confinados.