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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
FILOSOFIA (31001017022P1)
A RECONSTRUÇÃO DA 'DEDUÇÃO TRANSCENDENTAL' DE IMMANUEL KANT: UMA LEITURA CRÍTICA DA EDIÇÃO (A) A PARTER DE KEMP SMITH
ROMULO MARTINS PEREIRA
DISSERTAÇÃO
26/02/2013

O presente trabalho tem por objetivo empreender uma leitura reconstrutiva da primeira edição da “Dedução Transcendental dos conceitos puros do entendimento” (1781), de Immanuel Kant. A dedução não apenas constitui o cerne da “Analítica Transcendental” na Crítica da Razão Pura, mas é considerada como o texto mais significativo e difícil dentre todas as obras de Kant. Para esse empreendimento, buscarei seguir a interpretação magistral de Norman Kemp Smith, que dedica muito mais atenção à primeira edição da dedução do que à segunda. Ao longo de todo o trabalho, buscarei desenvolver essa interpretação mediante o cotejamento de suas hipóteses diretamente com o texto kantiano. A interpretação apresentada por Kemp Smith mostra que a dedução (A) inclui em seu corpo passagens que, supostamente, expressam quatro estágios no percurso do pensamento teórico de Kant. Assim, na dedução, Kant teria partido inicialmente de assunções subjetivistas primeiro delineadas em sua Dissertação Inaugural (1770) e, ao fim de suas investigações, teria alcançado uma perspectiva inteiramente nova, a qual o intérprete nomeia de “fenomenalismo”. Apesar de sua interpretação ter sido fortemente associada com a “teoria patchwork”, que se inicia com Erich Adickes e Hans Vaihinger e é sujeita a uma pesada crítica de seu contemporâneo H. J. Paton, a comum rejeição daquela teoria em nada diminui o valor de seu Comentário. A base de sua interpretação não é histórica ou cronológica – isto é, baseada em pretensões históricas relativas à verdadeira ordem cronológica de como Kant, de fato, escreveu –, mas antes lógica – baseada na assunção de que as inconsistências que são encontradas na dedução (A) apenas podem ser compreendidas se forem tidas como expressando o conflito ao qual, até o fim, o pensamento de Kant permaneceu sujeito (a saber, o conflito entre subjetivismo e fenomenalismo). Finalmente, a interpretação de Kemp Smith resistiu ao tempo e se tornou uma das clássicas na literatura acadêmica sobre Kant porque, sobretudo, as questões que ela levantou são até hoje discutidas e levantadas pelas principais interpretações do filósofo.

Kant. Dedução. Kemp Smith. Consciência. Fenomenalismo
This thesis attempts firstly to deal with Immanuel Kant’s “Transcendental Deduction of the pure concepts of understanding” in the first edition (1781). The deduction not only constitutes the core of the “Transcendental Analytic” in the Critique of Pure Reason, but is considered as the most significant and difficult text in all of Kant’s works. For this enterprise, I shall follow the masterful interpretation of Norman Kemp Smith, which devotes more attention to the first than to the second edition deduction. Briefly, along all this work, I shall develop this interpretation by means of locating its hypothesis directly in the Kantian text. Kemp Smith’s interpretation is that the A-deduction comprises contents that supposedly expound four stages in the course of Kant’s theoretical thought. So, Kant would start in the deduction from subjective assumptions first outlined in the Inaugural Dissertation (1770) and, in the end of his investigation there, would reach a quite different perspective, which the interpreter names “phenomenalism”. In spite of his interpretation had been strongly associated with the “patchwork theory”, which began with Erich Adickes and Hans Vaihinger and is subjected to a heavy criticism from his contemporary H. J. Paton, the common rejection of that theory does not make any difference to the value of his Commentary. After all, the basis for his interpretation was not historical or chronological – that is, based on historical claims about the truly chronological order of Kant’s writing –, but rather logical – based on a claim that the inconsistencies which are found in the A-deduction are only intelligible if viewed as expressing the conflict to which Kant’s thought remained subject until the end (that is, the conflict between subjectivism and phenomenalism). Finally, Kemp Smith’s interpretation has stood the test of time and became a classic one of Kant scholarship because, above all, the questions that it raises are until now the ones that are discussed and raised by Kant’s chief interpretations.
Kant. Deduction. Kemp Smith. Consciousness. Phenomenalism.
1
181
PORTUGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
O trabalho possui divulgação autorizada
dissertação_final.pdf

Contexto

FILOSOFIA
LÓGICA, CONHECIMENTO E MENTE
TEORIA DO SIGNIFICADO COMO TEORIA DA AÇÃO

Banca Examinadora

FERNANDO AUGUSTO DA ROCHA RODRIGUES
DOCENTE - PERMANENTE
Sim
Nome Categoria
VERA CRISTINA GONCALVES DE ANDRADE BUENO Participante Externo
EDGARD JOSE JORGE FILHO Participante Externo

Vínculo

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Sim
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