Muitos tumores em cães, incluindo tumores mamários, podem causar alterações que podem
4 levar a alterações sistêmicas, podendo está relacionadas as altas taxas de mortalidade. As
5 síndromes paraneoplásicas são classificadas de acordo com os sistemas envolvidos, por
6 exemplo. sistemas hematológico, cutâneo, sistema nervoso central, intestino, músculo, ossos e
7 sistemas endócrinos. O objetivo deste estudo foi descrever as principais alterações
8 hematológicas e bioquímicas em cadelas com tumores mamários. Análises hematológicas e
9 bioquímicas foram realizadas em 24 cães com diagnóstico de carcinoma mamário, antes e após
10 a cirurgia. As principais alterações observadas foram anemia, trombocitopenia,
11 hiperproteinemia, hipoalbuminemia, hiperalbuminemia, baixo nível de uréia e creatinina e
12 elevada fosfatase alcalina. Concluindo, cadelas com tumores mamários freqüentemente
13 apresentaram alterações hematológicas e bioquímicas, afetando principalmente parâmetros
14 indicativos de patologia hepática e renal. O carcinoma mamário adenoescamoso é considerado
15 um tumor raro e pode ser classificado como uma variante de neoplasia mamária metaplásica.
16 Dentre os diagnósticos diferenciais do carcinoma adenoescamoso deve incluir tumores
17 metastáticos e tumores com extensão secundária na pele. Esse padrão invasivo pode ser
18 explicado pela existência do componente escamoso do tumor, que quando presente em outras
19 localizações anatômicas é localmente invasivo. O presente resumo objetivou descrever o
20 quadro clínico, os achados histopatológicos e o tempo de sobrevida desta apresentação atípica
21 de carcinoma em uma cadela da raça Poodle, 11 anos, 4 kg, castrada. A paciente submetida a
22 mastectomia total devido a presença de nódulos nas mamas abdominais caudais e inguinais,
23 direita e esquerda, sugestivos de carcinoma pelo exame citológico. Decorridos 13 meses, a
24 paciente retornou com aumento de volume, rigidez e claudicação no membro pélvico esquerdo,
25 com evolução de seis meses. Ao exame clínico, o aumento de volume localizava-se uniforme
26 em toda a região proximal do membro pélvico esquerdo e apresentava consistência firme. Após
27 a realização do estadiamento o animal foi submetido a amputação do membro acometido. Na
28 análise histopatológica, a neoplasia foi classificada como carcinoma mamário adenoescamoso,
29 grau II. Foi realizado painel imuno-histoquímico, que confirmou o diagnóstico. Portanto,
30 mesmo não sendo comum, as metástases ósseas de tumores mamários, como o carcinoma
31 adenoescamoso, podem ser inseridas como diagnósticos diferenciais dentro das neoplasias que
32 atingem estruturas ósseas e que esse tipo de apresentação é agressiva e apresenta grande
33 potencial metastático.