A seleção genética tem desenvolvido fêmeas suínas mais produtivas, sendo assim, se torna imprescindível que a nutrição venha dar suporte às condições necessárias para que esses animais expressem seu potencial genético. Alguns nutrientes, como vitaminas e minerais, contribuem para aprimorar essa relação genética e nutrição. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o desempenho reprodutivo de fêmeas suínas suplementadas com a forma natural da vitamina D, a 1,25-dihidroxivitamina D3 glicosídeo, que está relacionada principalmente com a melhoria na absorção e metabolismo de cálcio e fósforo, além de atuar em receptores de regulação hormonal. As avaliações de desempenho reprodutivo ocorreram em dois ciclos reprodutivos subsequentes, sendo que, no primeiro ciclo as fêmeas permaneceram em salas de maternidade com ambiência climatizada e não climatizada e já no segundo ciclo as mesmas fêmeas foram avaliadas sob um mesmo ambiente não climatizado, em ambos os ciclos, as fêmeas foram acompanhadas a partir do terço final de gestação até o fim da lactação. Foram selecionadas 104 fêmeas (1° a 7° partos-Genética DB), divididas em dois tratamentos inteiramente casualizados, Teste e Controle. Sendo que, a partir do terço final de gestação e durante toda a fase de lactação, o grupo teste (n=52) recebeu 7 µg / porca / dia de 1,25-dihidroxivitamina D3 glicosídeo adicionados on top sobre a ração e as outras 52 fêmeas foram utilizadas como controle. Um subgrupo composto de 12 animais de cada tratamento também foi avaliado, através da coleta de sangue, quanto a dosagem de cálcio, fósforo, ferro, fosfatase alcalina total e magnésio no momento do pré e pós-parto (em ambos os ciclos) sob efeito da vitamina e ao respectivo desmame aos 21 dias de idade. Não houve efeito entre o uso de 7 µg / porca / dia de 1,25-dihidroxivitamina D3 glicosídeo e a condição de climatização das salas de maternidade. O tempo de parto do grupo teste foi inferior em mais de uma hora em comparação ao controle (P < 0,05), assim como a ingestão e produção de colostro (P < 0,05) e também o GPD de maternidade (P = 0,05) foram melhores nas fêmeas que ingeriram a vitamina D3 em sua forma natural e ativa. As matrizes que receberam a vitamina 1,25-dihidroxivitamina D3 glicosídeo durante dois partos consecutivos apresentaram aumento no número de nascidos vivos (P < 0,05) e redução no número de natimortos (P = 0,05) quando comparadas com o grupo controle. Para a dosagem dos minerais, observou-se aumento do nível sérico de cálcio durante o desmame (P = 0,05) para as fêmeas do grupo teste em relação as fêmeas do grupo controle. Frente aos resultados observados, a 1,25-dihidroxivitamina D3 em sua forma natural foi eficiente no aumento do número de leitões nascidos vivos e reduziu a natimortalidade em fêmeas suínas que receberam essa vitamina durante dois partos consecutivos. Também se observou aumento nos níveis séricos de cálcio no desmame durante o segundo parto avaliado. De maneira geral, o uso da vitamina 1,25-dihidroxivitamina D3 melhorou a dinâmica de partos e a performance reprodutiva de fêmeas suínas.