Objetivou-se avaliar a inclusão de diferentes níveis de ureia em suplementos com grãos de destilaria de milho em dietas com forragem de baixa qualidade, sobre o consumo, digestibilidade dos componentes da dieta, excreção urinária de alantoína (indicador de síntese de proteína microbiana ruminal) e retenção de nitrogênio em ovinos. Foram utilizados oito ovinos, machos não castrados, mestiços Santa Inês e Dorper, com peso corporal inicial médio de 27 ± 6,12 kg, distribuídos em delineamento quadrado latino 4 x 4 duplo, alojados em gaiolas metabólicas. Foram avaliados quatro suplementos proteicos energéticos com diferentes (níveis crescentes) níveis de ureia (0, 1, 2 e 3% base na matéria seca). Os suplementos foram ofertados diariamente às 10:00h na quantidade de 0,600 kg/animal. A palhada de arroz (Oryza sativa) foi utilizada como fonte de forragem de baixa qualidade, ofertada ad libitum separadamente dos suplementos sendo fornecida duas vezes ao dia, às 08:00 e às 16:00 horas. A inclusão de ureia nos suplementos em (0, 1, 2 e 3% base da MS), não afetou a proporção de forragem: concentrado (P = 0.3795), não afetou os consumos de MO (P = 0.0672), FDNi (P = 0.2041) e MOD (P = 0.3150), reduziu linearmente o consumo de FDNcp total (P = 0.0082). Entretanto, aumentou linearmente os consumos de MSF (P = 0.0143), MST (P = 0.0202), PB (P <.0001), e a FDNcp da forragem (P =0.0115). A inclusão de ureia nos suplementos em (0, 1, 2 e 3% base da MS), não afetou a digestibilidade da MS (P =0.0638), MO (P = 0.0903), FDNcp (P = 0.2143) e concentração dietética de MOD (P = 0.2840), mas aumentou linearmente a digestibilidade da PB (P = 0.0015). A inclusão de ureia nos suplementos em (0, 1, 2, e 3% base da MS), não afetou o pH ruminal (P = 0.8248), a excreção fecal de N (P = 0.5979), a excreção urinária de alantoína (P = 0.1787) e a eficiência de utilização do N retido em relação ao N ingerido (P = 0.0678). Entretanto, aumentou linearmente as concentrações de NAR (P<.0001), NUS (P<.0001), a ingestão de N (P = <.0001) a excreção urinária de N (P<.0001), e a retenção de N (P = 0.0010). A inclusão de ureia nos suplementos afetou quadraticamente a eficiência de utilização de N retido em relação ao N absorvido (P = 0,0451) apresentando maior aproveitamento de N com 2,59% de ureia (Ŷ=0,49688+0,06787-0,01312). A inclusão de ureia nos suplementos formulados com grãos de destilaria de milho em dietas com forragem de baixa qualidade, promove o aumento do consumo de matéria seca, incrementa o aporte de nitrogênio no ambiente ruminal, aumento a síntese microbiana.