Resumo:
Um fator muito importante para a manutenção da vida é a alimentação, e devido ao aumento da
população mundial, isto se torna um fator preocupante. Assim, a piscicultura pode ser uma
alternativa e uma solução para a problemática de falta de recursos naturais e do alimento. A
prática de produção de peixes como um complemento para o abastecimento de alimento para
as pessoas está sendo utilizada há centenas de anos com o seu desenvolvimento gradativo e
mediante a necessidade básica de alimento. Devido ao crescimento da atividade, a piscicultura
tem garantido espaço como alternativa de renda para a zona rural, tal fato se deve às
disponibilidades propícias de grande extensão territorial para esta área e que leva a acreditar
que a criação de peixes possa dar importante contribuição para alavancar a geração de emprego
e renda para todo o estado. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos adotados, pode-se
classificar a pesquisa como bibliográfica documental com o levantamento de dados em fontes
primárias e secundárias. Coletou-se os dados na AGERP e AGED. Na pesquisa documental foi
realizado o levantamento de informações referentes aos anos de 2015 a 2019, o que representa
informações referentes à produção, espécies cultivadas, percentual de animais transportados
com GTA, transporte em consonância com a legislação. A Agência Estadual de Pesquisa
Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (AGERP), criada pela Lei Nº 8.562 de 28
dezembro de 2006, publicada no Diário Oficial do Estado do Maranhão (DOEMA) no dia
28/12/2006, objetiva abranger a agricultura familiar, a pequena agricultura, socializando as
novas tecnologias e proporcionando assistência técnica intensiva e continuada, visando a
diversificação, a integração, o aumento da produção e produtividade do setor agropecuário. A
Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED) assegura a oferta de produtos de origem
animal e vegetal com qualidade à população, por meio da Defesa e Inspeção Agropecuária,
atuando na promoção da saúde pública e do meio ambiente. Desenvolve suas ações por meio
de 18 Unidades Regionais sediadas nos municípios de Rosário, Itapecuru, Chapadinha, Codó,
Caxias, Presidente Dutra, Santa Inês, Zé Doca, Viana, Pinheiro, Bacabal, Pedreiras, Barra do
Corda, Imperatriz, Açailândia, Balsas e São João dos Patos, bem como a sede, em São Luís,
atendendo a 217 municípios maranhenses. As propriedades estão caracterizadas em
propriedades particulares. A piscicultura é praticada em toda a região do estado, como por
exemplo, no município de Paulo Ramos vizinho dos municípios de Olho d'Água das Cunhãs,
Lago da Pedra e Altamira do Maranhão, e se situa a 13 km ao Norte-Oeste de Lago da Pedra a
maior cidade nos arredores, é responsável por 50% da produção, porém na cidade de Santa Rita
está concentrada, totalizando 34% dos animais produzidos. Quanto à finalidade da criação, 58%
são destinados à cria e engorda. Em relação aos anos anteriores, o ano de 2017 se destacou com
34% da produção transportada legalmente com GTA, 11 espécies são cultivadas no estado do
Maranhão 10 são espécies nativas, como, a Tilápia, Tambaqui, Pirarucu, Piraíba, Pirarara, Pacu,
Dourado, Surubim, Tucunaré. A espécie que se destacou na produção foi o Tambaqui
Colossoma macropomum. De acordo com os resultados da pesquisa, a quantidade de peixe
enviada para outros estados, a distribuição do destino da produção maranhense por unidades é
de 71% para o estado do Pará. Em relação as cidades que enviam peixes, Senador La Rocque-
MA é responsável pela maior quantidade de peixes, com 32%. Quanto a finalidade do peixe,
81% dos peixes são enviados para outros estados para cria e engorda.
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Considerando a divergência das informações dos órgãos públicos do estado do Maranhão ainda
assim o ramo da piscicultura vem crescendo e mostrando a importância social e econômica no
Estado. Além disso, atenderia ao anseio da comunidade, garantindo formas de manejo dos
recursos naturais e, consequentemente, a reprodução cultural, mantendo a diversidade
socioambiental das cidades produtoras de peixe do Maranhão.
Abstract:
A very important factor in maintaining life is food, and due to the increase in the world
population, this becomes a worrying factor. Thus, fish farming can be an alternative and a
solution to the problem of lack of natural resources and food. The practice of fish production
as a complement to the supply of food to people has been used for hundreds of years with its
gradual development and through the basic need for food. Due to the growth in activity, fish
farming has guaranteed space as an alternative income for the rural area, this fact is due to the
favorable availability of large territorial extension for this area and which leads to believe that
fish farming can make an important contribution to leverage the generation of jobs and income
for the entire state. From the point of view of the adopted technical procedures, it is possible to
classify the research as a documentary bibliography with data collection in primary and
secondary sources. Data were collected at AGERP and AGED. In the documentary research,
information was collected for the years 2015 to 2019, which represents information regarding
production, cultivated species, percentage of animals transported with GTA, transport in
accordance with the legislation. The State Agency for Agricultural Research and Rural
Extension of Maranhão (AGERP), created by Law No. 8,562 of December 28, 2006, published
in the Official Gazette of the State of Maranhão (DOEMA) on 12/28/2006, aims to cover
agriculture small agriculture, socializing new technologies and providing intensive and
continuous technical assistance, aiming at diversification, integration, increased production and
productivity in the agricultural sector. The State Agricultural Defense Agency (AGED) ensures
the supply of quality products of animal and vegetable origin to the population, through Defense
and Agricultural Inspection, acting in the promotion of public health and the environment.
Develops its actions through 18 Regional Units based in the municipalities of Rosário,
Itapecuru, Chapadinha, Codó, Caxias, Presidente Dutra, Santa Inês, Zé Doca, Viana, Pinheiro,
Bacabal, Quarries, Barra do Corda, Imperatriz, Açailândia, Balsas and São João dos Patos, as
well as the headquarters in São Luís, serving 217 municipalities in Maranhão. The properties
are characterized in particular properties. Fish farming is practiced throughout the state, for
example, in the municipality of Paulo Ramos, neighboring the municipalities of Olho d'Água
das Cunhãs, Lago da Pedra and Altamira do Maranhão, and is located 13 km north-west of
Lago da Pedra, the largest city on the outskirts, is responsible for 50% of production, but in the
city of Santa Rita it is concentrated, totaling 34% of the animals produced. Regarding the
purpose of rearing, 58% are destined for rearing and fattening. In relation to previous years,
2017 stood out with 34% of the production transported legally with GTA, 11 species are grown
in the state of Maranhão 10 are native species, such as Tilápia, Tambaqui, Pirarucu, Common
carp, Piraíba, Pirarara, Pacu, Dourado, Surubim, Tucunaré. The species that stood out in
production was the Tambaqui colossoma macropomum. According to the research results, the
quantity of fish sent to other states, the distribution of the destination of Maranhão production
by units is 71% for the state of Pará. In relation to the cities that send fish, Senador La Rocque-
MA is responsible for the largest quantity of fish, with 32%. Regarding the purpose of the fish,
81% of the fish are sent to other states for breeding and fattening. Considering the divergence
of information from public agencies in the state of Maranhão, the fish farming sector has been
growing and showing the social and economic importance in the state. In addition, it would
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meet the community's desire, guaranteeing ways of managing natural resources and,
consequently, cultural reproduction, maintaining the socio-environmental diversity of the fishproducing
cities of Maranhão.