INTRODUÇÃO: compreende-se TELESSAÚDE como a utilização da comunicação para atividades à distância, que emprega tecnologias da informação relacionadas à saúde nos níveis primário, secundário e terciário, e possibilita o acesso a recursos de apoio diagnóstico e/ou terapêutico entre profissionais de saúde ou entre estes e seus pacientes e usuários. No âmbito do SUS, o TELESSAÚDE compromete-se com duas prioridades: a formação em saúde e a oferta de assistência secundária na atenção. OBJETIVO: analisar como as relações entre TELESSAÚDE e Educação Permanente em Saúde têm sido discutidas em artigos científicos publicados no período de 2007 a 2018. MÉTODO: revisão integrativa ao abranger em publicações encontradas no período de 2007 a 2018, a partir da questão: como estão descritas, na literatura científica, as ferramentas de inovação, tecnologia e informação (TELESSAÚDE) e possíveis conexões com os processos de ensino-aprendizagem na Educação Permanente dos profissionais no SUS? A busca e captura compreenderam artigos publicados na Biblioteca Virtual de Saúde – BVS, nas bases: Medline, SCIELO e LILACS, considerando os descritores TELESSAÚDE e Educação Permanente em Saúde. O processo de produção de dados foi feito entre outubro de 2019 a março de 2020. Os critérios de inclusão abrangeram manuscritos que sejam artigos originais, publicados e indexados nas bases referidas, em português, inglês e espanhol. RESULTADOS E DISCUSSÃO: a partir das buscas realizadas e considerando os critérios adotados nesta pesquisa, configurou-se um campo empírico de 17 artigos para análise. Destes, 16 artigos foram produzidos no Brasil (notadamente na Região Sudeste), e apenas 01 deles foi produzido nos EUA. No âmbito dos veículos das publicações, identificou-se uma dispersão entre os periódicos com o máximo de três artigos encontrados em um mesmo periódico. No tocante aos desenhos metodológicos, foi possível identificar uma predominância dos estudos qualitativos e as ferramentas do TELESSAÚDE emergem vinculadas aos processos e instrumentos inseridos no campo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e da Educação a Distância (EAD). As conexões do TELESSAÚDE com os processos de educação permanente dos profissionais no SUS puderam ser apreendidos como possibilidades efetivas. Estas possibilidades enfrentam limites a serem superados com ênfase na falta de estrutura nos Serviços de Saúde (abrangendo equipamentos, materiais, rede e velocidade da conexão, RH, em especial, profissional de TI) e ampliação do número de tutores. CONSIDERAÇÕES FINAIS: há o reconhecimento do TELESSAÚDE como espaço formativo crítico, interativo e potencialmente transformador que discorre com a concepção de Educação Permanente em Saúde como processo dialógico. A partir da pesquisa, o INFOGRÁFICO TELESSAÚDE e Educação Permanente em Saúde: vamos conversar? foi elaborado. Projeta-se contribuir, com o referido produto, para a potencialização do TELESSAÚDE nos processos de educação permanente dos trabalhadores de saúde.