Antimicrobianos têm sido utilizados para o tratamento e prevenção de doenças ou como
promotores de crescimento na produção de suínos. Devido ao uso irregular dos
antimicrobianos se iniciou uma crescente preocupação em relação à segurança alimentar
devido à possibilidade do surgimento de cepas bacterianas resistentes e ao aparecimento de
resíduos de medicamentos na carne suína. Esse cenário tem motivado a pesquisa com
alternativos que possibilitem a manutenção da saúde dos animais sem que o desempenho
seja comprometido. Os prebióticos, probióticos, ácidos orgânicos e óleos essenciais podem
ser alternativas ao uso de antibióticos convencionais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
impacto da substituição de antibióticos utilizados na ração por aditivos alternativos em
suínos nas fases de creche, crescimento e terminação. Ao desmame os animais foram
divididos por sexo (fêmeas e machos), submetidos ao protocolo vacinal e pesados
individualmente para realizar a distribuição homogênea entre os seis tratamentos, sendo T1:
ração sem antibiótico, T2: ração com antibiótico, T3: ração com prebiótico, T4: ração com
probiótico, T5: ração com óleo essencial e T6: ração com ácido orgânico. Foram seis
repetições por tratamento, totalizando 36 baias durante as fases de creche, crescimento e
terminação. O experimento utilizou 1091 leitões desmamados na fase de creche, sendo que
destes, foram selecionados 840 animais para a fase de crescimento e terminação. Durante as
fases de creche, crescimento e terminação foram coletados os seguintes dados: peso final,
ganho de peso médio diário, consumo de ração, custo médio das dietas, ocorrências clínicas,
intervenções medicamentosas, mortalidade e escore de fezes. Ao abate foram analisados o
índice de pneumonia e pleurisia (IPP) e índice de úlcera gástrica. Não foi observada diferença
na conversão alimentar entre os tratamentos na creche (P=0,2222) nem no crescimento e
terminação (P=0,8098). Também não foi observada diferença no custo/kg de leitão com
ração na creche (P=0,4912) nem no crescimento e terminação (P=0,1083). O custo com
intervenções medicamentosas não diferiu entre os tratamentos nem na creche (P=0,9804)
nem no crescimento e terminação (P=0,3102). Não houve diferença no escore de fezes na
creche (P=0,5927) e nem no crescimento e terminação (P=0,2055). Também não foi
observada diferença no ganho de peso médio diário nas fases de creche (P=0,05) nem no
crescimento e terminação (P=0,3590). Não foi observada diferença na mortalidade na creche
(P=0,5413), porém no crescimento e terminação houve diferença entre tratamentos
(P=0,0197). Não foi observada diferença no índice de úlcera gástrica (P=0,4277). O índice
para pneumonia em todos os tratamentos ficou acima de 1,0 indicando desafio respiratório.
A substituição do uso profilático de antimicrobianos via ração na produção de suínos é
possível e o uso de alternativos não impactou no desempenho dos animais.