Os objetivos dessa dissertação foram I) abordar sobre a utilização da Moringa oleifera como aditivo modulador da fermentação ruminal, os principais compostos presentes na planta e seus possíveis efeitos na produção animal (Capítulo I); II) avaliar o efeito das extrações aquosas por maceração, decocção e infusão de folhas frescas ou secas de Moringa oleifera na digestibilidade in vitro e parâmetros fermentativos ruminais, bem como analisar a composição fitoquímica dos extratos de moringa (Capítulo II). Capítulo I: a literatura demonstra resultados promissores para que os compostos bioativos da moringa possam ser utilizados como aditivo vegetal na alimentação de ruminantes. Estes compostos, em determinadas concentrações, alteram as populações de microrganismos ruminais e melhoraram parâmetros fermentativos como degradabilidade, digestibilidade, ácidos graxos, produção de gases, nitrogênio amoniacal. Capítulo II: para o estudo foram pesados 5 g de substrato (feno de alfafa) em cada erlenmeyer de 125 mL, aos quais foram adicionados 10 mL de fluído ruminal e 40 mL de solução tampão mineral. Os tratamentos foram: controle, extrato obtido por maceração da
folha fresca (MF) e seca (MS); decocção da folha fresca (DF) e seca (DS); e infusão da folha fresca (IF) e seca (IS), totalizando 7 tratamentos, com 3 repetições. Nos erlenmeyers foi adicionado 0,4 mL de extratos referente a cada tratamento, com exceção dos correspondentes aos controles. Os elermeyers foram saturados com CO2, selados, e colocados em uma incubadora a 39 °C, durante 0, 3, 6, 12, 24 e 48 horas. Foram realizadas análises qualitativas e
quantitativas dos compostos bioativos presentes nos extratos das folhas de moringa. As folhas frescas apresentaram teores mais elevados de saponinas, flavonoides, taninos e alcaloides (P<0,05). Todos os extratos apresentaram atividade antioxidante. Os extratos de moringa não influenciaram na digestibilidade da matéria seca in vitro, da fibra em detergente neutro, na concentração de amônia ruminal, na população de protozoários, no pH e nos ácidos graxos (P>0,05). A extração dos compostos bioativos foi mais eficiente utilizando folhas frescas de M. oleifera, e somente os teores de flavonoides foram afetados pelos métodos de extração aquosa. Em relação à incubação, os parâmetros fermentativos não foram afetados pelos extratos.