Objetivou-se avaliar o efeito da dieta de alto grão e dieta com inclusão de 6% de óleo de
fritura sobre o desempenho, características de carcaça, qualidade da carne e custos de
produção de cordeiros confinados. As dietas controle e com óleo residual de fritura foram
balanceadas para ganho de 200 gramas diários (NRC 2007), mantendo a relação volumoso:
concentrado de 40:60, e a dieta alto grão consistiu em concentrado comercial farelado
utilizado na terminação de ovinos. Foram utilizados 15 cordeiros mestiços de Dorper x Santa
Inês, não castrados, com seis meses de idade, confinados e distribuídos em delineamento
inteiramente casualizado (DIC). Após 40 dias de confinamentos os animais foram abatidos.
Não houve diferença estatística (P>0,05) entre as dietas controle e com óleo residual de
fritura, expressos em gramas/dia (g/dia) e percentual de peso vivo (% PV) para consumo
diário de matéria seca (CMS), proteína bruta (CPB), matéria mineral (CMM), fibra insolúvel
em detergente neutro (CFDN), carboidratos totais (CCT) e carboidratos não fibrosos (CCNF),
sendo observadas as menores médias para estas variáveis com a dieta alto grão. As maiores
médias para peso final (PF), ganho de peso total (GPT) e ganho de peso diário (GPD) foram
observadas com as dietas controle e com inclusão de óleo residual, que não diferiram entre si
(P>0,05). Não houve efeito (P>0,05) dos tratamentos sobre os rendimentos de carcaça quente
(RCQ), carcaça fria (RCF) e verdadeiro (RV). Os parâmetros físicos da carne (P>0,05) não
foram influenciados pelas dietas. Os valores de proteína bruta e lipídios da carne foram
superiores para o tratamento com 6% de óleo residual, não diferindo (P>0,05) para esses
parâmetros da dieta controle. Com relação ao teor de umidade, a média da carne dos animais
da dieta alto grão foi superior e diferente (P<0,05) dos outros tratamentos. Obteve-se maior
peso adicional de carcaça e lucro adicional por animal na dieta com inclusão de óleo residual
de fritura, observando-se valores negativos com a dieta alto grão para esses indicadores
econômicos. O uso de dieta com 6% de óleo residual de fritura mostrou-se vantajosa do ponto
de vista produtivo e econômico, ao proporcionar melhor desempenho produtivo, sem alterar
as características físico-químicas da carne.