As roseiras são uns dos principais produtos ornamentais cultivados no Brasil, sendo Minas Gerais o terceiro estado produtor. Entre os pulgões de importância econômica para esta cultura destaca-se Macrosiphum euphorbiae que tem Chrysoperla externa como um de seus principais predadores, apresentando grande potencial para ser utilizado em programas de controle biológico. Objetivou-se avaliar a eficiência de C. externa no controle de M. euphorbiae em cultivo de roseira em ambiente protegido. Na primeira etapa estudou-se a resposta funcional de C. externa sobre M. euphorbiae. Plantas de roseira foram infestadas com pulgões nas densidades de 5, 10, 20, 40, 80 e 160 indivíduos, e liberada uma larva no final do segundo instar de C. externa por planta, para ser avaliada no terceiro instar, com oito repetições, para, então, estimar o número de afídeos consumidos. Na segunda etapa foram utilizadas três proporções predador:presa (1:10, 1:20 e 1:40) e infestações de 20, 40, 80, 120 e 160 pulgões por planta e logo se estimou o consumo das larvas de C. externa a cada 24 horas durante quatro dias. A terceira etapa consistiu de um teste de frequência de liberação de larvas de C. externa envolvendo quatro densidades do afídeo (40, 80, 120 e 160) por planta. Foram liberadas larvas de segundo instar na proporção predador:presa de 1:10, aproximadamente a cada sete dias. Para o primeiro teste foi constatado um aumento no consumo com o aumento na densidade da presa, atingindo uma assíntota acima da densidade de 80 pulgões por planta. O maior consumo se apresentou nas primeiras 24 horas após a liberação das larvas de C. externa. A resposta funcional para o terceiro instar foi do Tipo III, para as avaliações efetuadas 24, 48, 72 e 96 horas após a liberação do predador. No segundo teste a maior porcentagem de consumo diário, para as proporções 1:10, 1:20 e 1:40, ocorreu nas primeiras 24 horas após a liberação das larvas, havendo uma diminuição após o primeiro dia. Nesse período, o maior consumo foi verificado na menor proporção predador:presa testada (1:10). No terceiro teste, se apresentaram maiores densidades do afídeo nas plantas sem liberação do crisopídeo em relação àquelas onde foram feitas liberações de C. externa. No entanto, diferenças marcadas entre a testemunha e as plantas onde foram feitas liberações só foram constatada após o 9° dia de avaliação. As médias de afídeos nas plantas nas quais foram liberadas larvas de crisopídeo foram de 152,3; 162,9; 164,1; 160,3 para infestações iniciais de 40, 80, 120 e 160 afídeos, respectivamente, com porcentagens médias de redução da praga de 53,3; 69,6; 74,4 e 70,9% afídeos por planta durante os 31 dias de avaliação, respectivamente.