Neste estudo, foram realizados dois experimentos. Experimento 1: O objetivo foi avaliar as características agronômicas, produtivas e nutricionais da Moringa oleifera cultivada em diferentes espaçamentos entre plantas e entre linhas. As plantas foram cultivadas em uma área de aproximadamente um hectare, e esta foi dividida em quatro canteiros de 211,2 m² cada. Os tratamentos foram distribuídos conforme o espaçamento entre linhas (0,4; 0,8 e 1,2m) e entre plantas (0,4; 0,6 e 1,0m). As plantas foram mensuradas quanto à altura, diâmetro de copa e caule a cada 30 dias. Para a avaliação nutricional, foram coletadas cinco plantas de cada tratamento e separadas folhas e caules das plantas para determinação dos teores de matéria seca (MS), matéria mineral, proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade in vitro da MS, da MO, da PB e da FDN. Não houve interação entre os espaçamentos de linha e planta. A produção de folhas por ha-1 foi maior no espaçamento 0,4m entre plantas (6820,15 kg ha-1) a produção de caule e biomassa foram maiores no espaçamento de 0,4m entre linhas (2261,60 e 7655,98 kg ha-1). A qualidade nutritiva das folhas e dos caules não foi alterada pelo espaçamento de plantio. Houve interação entre os espaçamentos de plantas e linhas para a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e fibra em detergente neutro. Conclui-se que o maior adensamento de plantas pode ser utilizado para que haja maior produtividade de biomassa e maior digestibilidade dos nutrientes. Experimento 2: O objetivo foi avaliar o uso de diferentes níveis de óleo de soja na alimentação de ovelhas. Foram avaliados a produção de leite, características físicas, químicas e o poder antioxidante do leite. Foram utilizadas oito ovelhas pantaneiras lactantes em duplo quadrado latino 4x4. Os tratamentos foram distribuídos conforme a quantidade de óleo fornecido aos animais 0, 4, 8 e 16g/animal/dia de óleo de soja. Foram avaliados o desempenho das ovelhas, produção, qualidade e oxidação lipídica do leite. O consumo, a digestibilidade e a qualidade do leite não foram alterados pelo consumo do óleo de soja. Houve efeito linear crescente na quantidade de malonaldeído presente no leite das ovelhas. Portanto, o uso do óleo de soja não interfere no desempenho, produção e qualidade do leite. Porém, o crescimento da quantidade fornecida aumenta o efeito pró-oxidante no leite de ovelhas.