A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, caracterizada pela presença de uma inflamação sistêmica crônica, que agride principalmente a membrana sinovial, comprometendo a função dos condrócitos. A patologia acomete as articulações apresentando efeitos deletérios sobre a mobilidade física e capacidade funcional. Visando tratamentos alternativos na AR, o exercício físico e a fotobiomodulação têm sido introduzidos como métodos não invasivos, por proporcionarem reações favoráveis ao controle do processo inflamatório e regeneração tecidual. Desta maneira, este trabalho avaliou os efeitos do exercício físico associado ou não a fotobiomodulação em modular o processo inflamatório articular (joelho direito) e sistêmico na AR. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da FHO (067/2018). Ratas Wistar (n=132) foram divididas em 11 grupos. Sham: injeção de salina estéril; Baseline: injeção de zymosan (200μg/μl) e eutanasiado após 72 horas para caracterizar o processo inflamatório; AR: injeção de zymosan; ART1: AR submetido ao protocolo de natação; ART2: AR submetido ao protocolo de força muscular; ART3: AR submetido ao protocolo de treinamento concorrente (TC) (ART2 e ART1); ART4: AR submetido ao protocolo de TC, com 50% do protocolo ART3. O protocolo de natação (60min/dia/5x semana), o protocolo de força muscular (4x10saltos/3x semana) e os TCs (3x semana) aconteceram por um período de 8 semanas. Os grupos ART1L, ART2L, ART3L e ART4L realizaram os protocolos de exercício físico em associação com a fotobiomodulação, utilizando o laser de diodo de arsenieto de galio-aluminio de 808nm (potência de 50mW, 1.4J de energia total por 56 segundos). As análises foram realizadas através do Teste de Análise de Variância (ANOVA/two way), com nível de significância de 5%. Após eutanásia, os tecidos sinoviais e musculares foram coletados para análises histológicas e bioquímicas. Todas as terapêuticas induziram aumento do peso corporal, da ingesta alimentar e do peso relativo do músculo em relação ao AR, enquanto que o peso relativo do tecido adiposo foi menor quando comparado ao Sham. A área inflamada sinovial do joelho direito, foi maior nos grupos que realizaram as terapêuticas em relação ao Sham, entretanto, entre os grupos, o ART4 apresentou menor área inflamada. O aumento no número de condrócitos ativos no fêmur pode ser observado nos grupos ART1, ART1L, ART2, ART2L, ART3 e ART4, enquanto que na tíbia foi observado nos grupos ART1, ART1L, ART2 e ART2L. No soro, os níveis de MPO e NAG foram menores após as terapêuticas em relação ao AR. No músculo gastrocnêmico, o ART2 apresentou aumento do fator de transcrição NF-kB enquanto os grupos ART2 e ART3 apresentaram aumento de IL-6 quando comparado com os demais grupos. Houve aumento de MPO após as terapêuticas quando comparado ao Sham e de NAG em todos os grupos em relação a AR e Sham. Quando comparado aos demais grupos, observou-se aumento de TBARS no ART3 e de SH no ART1. Com os dados obtidos do presente estudo, podemos sugerir que o protocolo ART4 pode ser uma alternativa no tratamento da AR, uma vez que foi o protocolo que melhor controlou o processo inflamatório sinovial associado a um retardo do comprometimento articular, além de induzir pouco dano tecidual muscular minimizando a caquexia reumatoide.