Ligas de cobalto são largamente aplicadas em componentes que operam em condições agressivas envolvendo desgaste, corrosão e elevadas temperaturas. Este trabalho teve como objetivo principal analisar a micro e a subestrutura, suas propriedades mecânicas, por meio de ensaios de dureza e microdureza e o efeito da diluição no comportamento de desgaste abrasivo de um material dissimilar constituído por um substrato de aço AISI 4130 revestido com a liga Stellite 6. Foram propostas duas condições das amostras, nas quais foi variada a corrente de soldagem, com intuito de observar o comportamento da junta dissimilar em diferentes situações. Foram retirados corpos de provas apropriados para realização dos ensaios metalográfico, e foram analisados posteriormente os valores de microdureza, dureza e a resistência ao desgaste abrasivo. Primeiramente, as amostras foram preparadas metalograficamente para avaliação do cordão de solda e as fases do revestimento, por meio de análises utilizando MEV, EDS e DRX. Em seguida, a caracterização microestrutural foi realizada qualitativamente, por meio da técnica de microscopia confocal, e quantitativamente, para determinação do volume de fração das fases presentes na região dendrítica e interdendrítica, e a diluição resultante nos revestimentos de cada condição proposta. Por fim, realizaram-se os ensaios de abrasão do tipo roda-de-borracha. Esquadrinhando-se os resultados, verificou-se que a proposição de duas condições de soldagem não afetou marcadamente a dureza dos revestimentos, as quais se mantiveram dentro do padrão da liga, 36-45 HRC, a microdureza, apresentando uma variação na faixa de 3-5% de uma condição para a outra, a depender da região do material, e o volume de fração das fases, sendo indicada uma variação de 5,6% no volume de fração entre ambas as condições de soldagem. Por outro lado, os resultados experimentais indicaram um efeito evidente da variação da corrente de soldagem nos valores de diluição, 4,6% para a condição 1 e 16,7% para a condição 2, e na perda de volume nos ensaios de desgaste, 20,5 mm3 para a condição 1 e 95,3 mm3 para a condição 2, o que permite que se estabeleça relações diretas de proporcionalidade entre estes, isto é, quanto maior a corrente de deposição, maior a diluição e, por consequência, maior será a perda de volume.