O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica, autoimune de caráter inflamatório, com períodos de atividade e remissão podendo afetar os diversos sistemas do corpo. O comprometimento crônico pode afetar o indivíduo em diversos aspectos comprometendo principalmente sua qualidade de vida (QV). Assim, métodos alternativos de tratamento, como a prática de atividade física, tem sido investigados e o profissional de Educação física tem adquirido novo perfil no processo saúde, doença e cuidado. Neste sentido, este estudo teve como objetivo avaliar e comparar os níveis de atividade física e a sua influência nos aspectos psicológicos (emocionais e cognitivos), físicos e volume cerebral em pacientes com LES. Foram avaliados 250 pacientes com LES, do Ambulatório de Reumatologia HC/Unicamp e 150 controles (pessoas saudáveis). Os instrumentos utilizados foram: 1) Atividade da doença, 2) Dano da doença. 3) Grau de atividade física, 4) Índice de fadiga, 5) Aspectos cognitivos, 6) Qualidade de Vida, 7) Imagem corporal, 8) Nível de autoestima, 9) Sintomas de ansiedade, 10) Sintomas de depressão, 11) Ficha de identificação pessoal: dados pessoais e histórico de atividade física, 12) Ressonância Magnética: volume cerebral. Os resultados mostraram diferença significativa entre pacientes e grupo controle, além da diferença entre grupos ativos e inativos referentes ao estado de saúde geral (p=0,003), vitalidade (p=0,0178), componente físico da QV (p=0,0245), aspectos cognitivos (< 0,001), fadiga (p=0,0132) e sintomas de depressão (p=<0,001). Pacientes considerados ativos apresentaram melhores escores em todos estes aspectos avaliados. O volume cerebral apresentou diferença significativa referentes às estruturas: terceiro ventrículo (p=0,0322), tálamo direito (p=0,0068) e plexo coroide direito (p=0,0403). Observamos medianas menores em pacientes em relação ao grupo controle somente referente ao tálamo direito. Foi identificada diferença significativa do volume intracraniano total (p=0,0172), quando avaliada simultaneamente os 4 fatores deste estudo (LES, controle, grupo ativo e inativo). Com este trabalho, foi possível verificar a importância da prática de atividades físicas, traçando um perfil amplo dos pacientes e proporcionando, assim, novas alternativas de tratamento. Assim, conseguimos melhorar o nível o nível de informação destes pacientes e profissionais da saúde, bem como, ter efeito multiplicador por meio da divulgação e publicação destes dados