Introdução: Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem um problema de saúde pública e a adesão ao seu tratamento chega a ser apenas de 20%. Tem forte impacto sobre a qualidade de vida do indivíduo e muitas variáveis, tais como, gênero, idade e traços de personalidade podem interferir na procura e adesão ao tratamento. Objetivo: Avaliar características de personalidade, qualidade de vida, sintomas de ansiedade, de depressão e o grau de otimismo em pacientes adultos, com Diabetes Mellitus Tipo 2 que frequentam um centro de atendimento do SUS Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo descritivo / transversal. Casuística: Participaram do estudo 60 pacientes: 30 participantes com diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 2 e 30 indivíduos para compor o grupo controle, com ausência de qualquer doença crônica. Adultos com idade entre 18 e 60 anos de ambos os sexos, que frequentam um centro de atendimento do SUS e foram escolhidos aleatoriamente. Para a coleta de dados foram utilizados: Ficha de Identificação, Teste Palográfico, WHOQOL-Bref, Teste de Orientação da Vida (TOV-R) e Escala de Ansiedade e Depressão (HAD). Os dados foram organizados em planilha de Excel, e posteriormente lançados no programa BioEstat (versão 5.3). A comparação geral dos resultados obtidos nos dois grupos investigados foi realizada por meio do teste Mann-Whitney. Resultados: observa-se um número maior de participantes do sexo feminino em ambos os grupos, além disso, percebe-se grande diferença no nível de escolaridade, já que no grupo pesquisa o ensino médio incompleto acabou prevalecendo e no outro grupo encontra-se dividido na mesma proporção entre participantes com ensino médio completo e superior completo, com relação à ingesta de bebidas alcoólicas não houve diferença entre os grupos, o grupo pesquisa apresenta maior número de tabagistas que o grupo controle, no quesito dor, verifica-se que no grupo pesquisa a porcentagem dos participantes que relatam sentir algum tipo de dor é relativamente maior se comparado ao outro grupo. Observa-se um nível maior de sintomas de ansiedade no grupo controle e no grupo pesquisa um nível elevado de sintomas de depressão, todavia, o grau de otimismo entre os dois grupos não apresenta diferença. Percebe-se que a qualidade de vida no grupo controle mostrou um percentual melhor avaliado do que no grupo pesquisa. O resultado obtido no teste palográfico apresentou diferença estatisticamente significante apenas nos índices de produtividade, distância entre as linhas e margem esquerda indicando maior pontuação no grupo controle. Conclusões: não há uma diferença estatisticamente significante na maioria dos instrumentos utilizados em relação aos dois grupos, porém, na avaliação qualitativa foi observado que o grupo pesquisa apresenta características de maior impulsividade, emotividade e sintomas de depressão. Faz-se necessário, mais investimentos em pesquisas na área que possam investigar o papel da personalidade no controle do diabetes