O teste baseado na liberação de etanol por sementes parcialmente embebidas
fornece informações importantes de problemas fisiológicos relacionados a
deterioração. Sementes mais deterioradas produzirão mais etanol que as menos
deterioradas, pois, durante o p rocesso de produção de energia pelas mitocôndrias, a
rota da fermentação alcoólica será acessada em detrimento da fosforilação
oxidativa. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do teste de
vigor baseado na produção de etanol e sua relação com outros testes para avaliação
do vigor de sementes de vinhático ( Plathymenia foliolosa Benth.). Quatro lotes de
sementes foram submetidos inicialmente a testes de germinação e vigor, incluindo a
avaliação da integridade do tegumento, por microsc opia de varredura. A avaliação
da produção de etanol foi conduzida a partir de dois ensaios: no primeiro 10
sementes com associação a cinco volumes de água para embebição (0,25; 0,5;
0,75; 1,00 e 1,25 mL) e seis períodos de leitura (2, 4, 6, 8, 24 e 48 h) e, no segundo
ensaio, três quantidades de sementes (5, 10 e 15), associados ao volume de água
para embebição proporcional a 2,5 vezes a massa das sementes e, também, seis
períodos de leitura (2, 4, 6, 8, 24 e 48 h). Houve distinção de potencial fisiológico
entre os lotes, apontados pelos testes tradicionalmente utilizados, incluindo o teste
de etanol. A liberação de etanol pelas sementes aumentou de acordo com o
aumento do período de incubação. O teste de etanol mostrou se eficiente para
avaliação do vigor em sementes de vinhático, assim como outros testes de vigor,
quando conduzido com 15 sementes embebidas em quantidade de água de 2,5
vezes a sua massa durante 48 horas. Logo, o teste de vigor baseado na liberação
de etanol para o vinhático tem precisão e r eprodutibilidade sendo uma metodologia
indicada para a decisão pelo sistema de produção e comercialização de sementes
em viveiros e empresas.