CENTOFANTE, AGDA RABELO. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – IF Goiano - Campus Rio Verde. Março de 2019. Morphophysiological Characteristics of Campomanesia pubescens on Propagation Under Different Light Quality. Orientador: Dr. Aurélio Rubio Neto, Coorientadores: Dr. Fabiano Guimarães Silva, Dr. Fernando Higino de Lima e Silva e Dr. Sebastião C. Vasconcelos Filho.
A Campomanesia pubescens (gabiroba), uma espécie frutífera nativa do Cerrado com potencialidade para uso alimentício, ornamental, melíferas e medicinal. Não há registro de estudos dessa espécie na área de propagação utilizando qualidade de luz, sendo importante para obtenção de plântulas de melhor qualidade, assim como fornecer subsídios para futuros estudos das possibilidades de utilizar LEDs para aclimatização e obtenção de metabólitos secundários. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento, as características anatômicas e fisiológicas de C. pubescens sob condições de cultivo ex vitro e in vitro sob diferentes qualidades de luz. No primeiro capítulo, avaliou-se respostas morfoanatômicas e fisiológicas das plântulas de C. pubescens cultivadas em diferentes qualidades de luz. Utilizou-se diodos emissores de luz (LEDs), nos comprimentos de onda monocromática vermelha (v) (600 - 700 nm), monocromática azul (a) (400 - 490 nm), combinação azul/vermelha (1:1) e branca (b) (400 - 700nm) com 50 ± 5 μmol m-2 s-1, fotoperíodo de 16 horas. No segundo capítulo, observou-se alterações anatômicas e fisiológica em plântulas de C. pubescens cultivadas in vitro sobre diferentes qualidades de luz. Utilizou-se diodos emissores de luz (LEDs), nos comprimentos de onda branca (W), azul em combinação com vermelha nas seguintes proporções: (BR 1:1); (BR 1:3) e (BR 3:1) a 100 ± 5 μmol m-2 s-1, fotoperíodo de 16 horas. Em todos os ensaios
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experimentais utilizou-se delineamento inteiramente ao acaso, os dados foram submetidos análise de normalidade utilizando o Shapiro-Wilk, posteriormente a análise de variância e em seguida comparou-se as médias através do teste Tukey a 5% de probabilidade. A Correlação network foi feita utilizando o software R versão 3.1.2 e o gráfico utilizando o pacote “qgraph”. Verificou-se que quando as plântulas foram cultivas sob LED vermelha, este proporcionou danos oxidativos, como visto pelo aumento significativo no MDA. Esse dano repercutiu negativamente nas respostas biométricas das plantas, afetando até mesmo sua fisiologia. Por outro lado, quando as plântulas foram cultivadas em LEDs brancas e combinações de azul/vermelha, observou-se maiores biometrias. Entretanto, embora proporcionem comportamento semelhante em termos de biometria, verificou-se que maior densidade estomática, funcionalidade dos estômatos e, consequentemente, maior Fv/Fm, YII, repercutindo em maior massa seca das folhas e caules quando cultivas em branco e vermelhor/azul. Entretando, verificou-se que quando as plântulas foram cultivadas in vitro em combinações de LEDs azul/vermelha 1:1 e 3:1 proporcionaram maior biomassa, apresentando valores superiores das epidermes e parênquima clorofiliano, com maior densidade estomática e funcionalidade, obtendo melhor eficiência fotossintética, com valores superiores de Y(II), qP e maiores concentrações de clorofila total, não proporcionando danos oxidativos em relação aos LEDs branco.