A recria de novilhas é primordial para reposição de animais de qualidade no rebanho. Objetivou-se neste trabalho avaliar o desempenho de novilhas leiteiras em recria sob duas estratégias de suplementação mineral. Foram utilizadas 16 novilhas Holandês x Zebu com peso vivo médio inicial de 135,25 kg, divididas em 2 tratamentos (sal proteinado e sal mineralizado) e manejadas em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu, em sistema rotacionado com 28 piquetes (14 por tratamento) com 2 dias de ocupação e 26 dias de descanso, durante 6 ciclos consecutivos, sendo os ciclos 1, 2 e 3 referente a primavera e os ciclos 4, 5 e 6 ao verão. Ao final de cada ciclo de 28 dias, os animais foram pesados e o peso utilizado para cálculos de GMD e taxa de lotação. A altura do pasto e a massa de forragem foram mensuradas antes da entrada e após a saída dos animais de cada piquete, onde foram retiradas amostras para análises bromatológicas e estimativas de consumo (MS, PB, EE, FDN, FDNi e MSpd), além das estimativas de digestibilidade de MS, massa de forragem do pré-pastejo, massa de forragem do pós-pastejo, consumo e oferta de forragem, composição (folha, colmo e material senescente). Os suplementos foram fornecidos ad libidum em cochos apropriados e ao final de cada ciclo foram aferidos os consumos do suplemento. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com parcela sub-dividida no tempo, onde os dois tratamentos foram os suplementos, as estações foram as parcelas e os animais como repetições. Não houve diferença (P>0,05) entre os tratamentos, estações e interação tratamento vs estação para o GMD que foram 301,12 e 357,13 g dia-1 para os animais suplementados com sal mineral e sal proteinado. Observou-se efeito significativo (P<0,05) entre as estações avaliadas (Primavera/Verão). O consumo médio de matéria seca (kg dia-1, %PV e g/kg0,75), proteína bruta (g dia-1 e g/kg0,75), extrato etéreo (g dia-1), fibra em detergente neutro (g dia-1 e %PV) que foram respectivamente, 3,94 e 2,87 kg; 2,53 e 1,69%; 89,26 e 59,56 g kg0,75; 429,89 e 238,42 g dia-1; 9,74 e 6,17g kg0,75; 118,79 e 84,07 g dia-1; 2,98 e 2,05 kg dia-1; 1,86 e 1,17%, para as estações primavera e verão. O consumo de suplemento apresentou diferença (P<0,05) entre os tratamentos que foram 36,50 e 65,50 g 100 kg-1PV. A digestibilidade da MS foi significativa (P<0,05) para interação, tratamento vs estação, cujo valores foram respectivamente 49,76 e 46,80 para os animais suplementados com sal mineralizado e sal proteinado respectivamente na primavera e 47,00 e 50,39 para estes mesmos tratamentos no verão. Os efeitos dos suplementos utilizados foram equivalentes.