Almeida, Taynna V. R. NOVAS TECNOLOGIAS E MODELAGEM COMPUTACIONAL NAS TERAPIAS COM RADIAC ~OES IONIZANTES. 99 f. Tese { Programa de Pos-Graduação em Biotecnologia Aplicada a Saúde da Criança e do Adolescente, Faculdades
Pequeno Príncipe. Curitiba, 2018.
Introdução: A busca por radioterapias mais exatas e dinâmicas impulsionou o uso da modelagem computacional como recurso endereçado a pesquisa cientifica e, de forma combinada, a rotina clínica. Na presente tese, três estudos abordaram diferentes problemáticas na radioterapia atual. O primeiro trata-se da avaliação da diferença entre os desvios de posicionamento residuais dos métodos de imobilização frame e frameless, adotados para a radiocirurgia intracraniana. No segundo, foi avaliado o impacto dosimétrico dos desvios de posicionamento residuais na terapia com prótons por meio do código FRED. Por m, o terceiro analisa os resultados, em termos de dano tecidual e energia depositada, da modelagem de uma terapia com ons de carbono com uso de partículas de ouro difusas no alvo de tratamento. Materiais e Métodos: No primeiro estudo, foram selecionados 50 casos de pacientes reais, submetidos a uma radiocirurgia intracraniana. Os desvios de posicionamento residuais, translacionais e rotacionais, foram identificados pelo sistema ExacTrac-BrainLab. No segundo estudo, a analise do impacto dosimétricos foi baseada nos desvios de posicionamento residuais de um caso real submetido a terapia com prótons. Foram utilizados como ferramentas de analise o índice gama e histogramas de dose-volume. No terceiro estudo, os softwares SRIM e FLUKA foram empregados para realizar as modelagens por Monte Carlo. Foram considerados apenas os fenômenos cinéticos referentes ao dano local, adotando uma concentração de 10% de ouro por grama de tecido. Para a analise da energia depositada no alvo de tratamento, foram consideradas concentrações de 3%, 7% e 10% de ouro por grama de tecido. Resultados e Conclusões: No primeiro estudo, foram encontrados indícios de diferença sistemática translacional entre valores médios, a qual não ultrapassou 0,2 mm e, leves indícios de diferença sistemática rotacional apenas no eixo y, a qual não ultrapassou 0; 15. A diferença estatística dos desvios foi menor que 0,2 mm para translacionais e 0; 1 para rotacionais. O teste t de Student não identificou diferença inciativa entre os desvios médios das amostras em questão, com p>0,05 em todos os eixos. No segundo estudo, o índice gama mostrou um percentual de 98,8% de coincidência entre o mapa de dose de referência e o mapa de dose recalculada na presença dos desvios residuais médios. Por meio do DVH (Dose Volume Histogram) foi possível detectar um aumento de 0,50 Gy entre as doses totais, concentrando-se no GTV (Gross Tumor Volume), com baixa influência no OAR (Organ at Risk). No terceiro e ultimo estudo, observou-se um aumento no dano tecidual em termos de perda energética (16%) e deslocamento por átomo (11%), assim como um aumento da energia depositada de 7,9%, 44,7% e 52,6%.