Considerando a necessidade da prevenção de candidose em usuários de aparelhos ortodônticos com base acrílica, foi analisado in vitro a atividade antifúngica e caracterização do poli (metil metacrilato), (PMMA), modificado por cinamaldeído (CIN). Inicialmente foram determinadas Concentrações Inibitória (CIM) e Fungicida (CFM) Mínimas do cinamaldeído sobre cepas de Candida albicans ATCC 60193, C. krusei ATCC 34135, C. glabrata ATCC 2001 e C. tropicalis CBS 94, e seu efeito sobre biofilme fúngico multiespécie. Após incorporação do fitoconstituinte no PMMA, o efeito antifúngico foi avaliado por difusão em ágar e inibição de aderência fúngica. Para o sistema PMMA/CIN foram analisados a rugosidade superficial; microdureza; comportamento térmico por termogravimetria (TG) e calorimetria exploratória diferencial (DSC); incorporação do CIN por espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e sua liberação controlada, por espectroscopia no ultravioleta visível (UV/VIS). Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva e inferencial (p=0,05). A CIM e CFM do fitoconstituinte tiveram o mesmo valor de 125 µg /mL, promovendo inibição do biofilme multiespécie de Candida (p<0,05). O PMMA modificado pela adição de 24% CIN foi antifúngico apresentando halos de inibição com 28 mm, e redução na aderência do biofilme na superfície do PMMA modificado. O PMMA não modificado (controle) ou contendo 12 e 24% CIN apresentou rugosidade superficial média respectivamente de Sa de 0,23; 0,27 e 0,35m para 24% CIN (p<0,05), e Sz de 1,72; 2,24; 2,28 m para todos grupos (p<0,05). A microdureza Vickers apresentou média inicial de 13,87; 13,52; 10,82 e média, após 90 dias, de 15,89; 14,88 e 13,46, respectivamente, para os PMMA sem e com 12 e 24% CIN. A presença do CIN no PMMA foi confirmada por DSC, TG, FTIR e UV/VIS. O PMMA contendo 24%CIN apresentou forte potencial antifúngico, sendo considerado como um método terapêutico promissor na prevenção da candidose.