A emissão de dióxido de carbono (2) e o ambiente marinho tem agravado a corrosão em estruturas de concreto armado. Desta forma, uma alternativa para reduzir ou evitar a corrosão tem sido a utilização de inibidores, pois são capazes de prolongar o período de iniciação do processo que envolve reações de oxirredução, contribuindo para redução da taxa de corrosão. Neste estudo, o objetivo foi avaliar, através de técnicas de polarização potenciodinâmica e impedância eletroquímica, o comportamento e a eficiência de inibidores de corrosão para concreto em ambientes marinhos e com poluição por dióxido de carbono (2). Empregou-se uma Solução Simuladora de Poros (SSP) que representa as características eletroquímicas do concreto, além dos corpos de prova de concreto armado, adicionando cloreto de sódio () e borbulhando o gás 2. O inibidor monoetanolamina (MEA) foi testado nas concentrações 1, 2, 3 e 4% (m.V-1) em SSP e concreto, enquanto que o inibidor sintético nitrito de sódio (NTS) foi testado nas concentrações 3 e 4% (m.V-1), no concreto. Foram empregados corpos de prova de concreto com o aço 1020, adicionando os inibidores na água de amassamento. Em seguida, foram imersos em solução aquosa de 3,5% (m.V-1) e posteriormente borbulhamento de 2. Ensaios mecânicos (resistência à compressão, porosidade e absorção de água) foram realizados. O inibidor MEA não alterou as propriedades da SSP, mantendo o pH próximo de 12 e os valores de potencial de corrosão dentro do domínio de passivação. O grupo amina reage com o 2, formando o carbamato, e a junção da MEA e NTS contribui de forma favorável para minimizar o efeito da carbonatação e o ataque de cloretos (−). O inibidor NTS, no concreto, mostrou-se eficiente na presença apenas do . Entretanto, com a adição do 2, para as concentrações testadas do inibidor, não foi possível a formação do filme passivo. O inibidor MEA nas concentrações 3% e 4% (m.V-1) não alterou os resultados eletroquímicos do aço no concreto armado. A MEA, por apresentar grande afinidade com a água, devido aos grupos básicos (−2), prejudicou as reações de hidratação do concreto, impedindo que o mesmo se formasse.