A escola se apresenta como um ambiente privilegiado em espaço e tempo para promoção da saúde, por ser o segundo local socializador da criança e onde ela consome boa parte da sua necessidade energética diária. A alimentação adequada na infância é essencial para a garantia do crescimento e desenvolvimento da criança, pois proporciona energia e nutrientes necessários para a manutenção da saúde. Objetivo: Avaliar a alimentação oferecida a escolares em uma unidade de ensino fundamental no município de Macaé/RJ. Métodos: Trata-se de um estudo tansversal descritivo com alunos de 7 a 10 anos de idade, que investigou a aceitação da alimentação escolar por meio da Escala Hedônica Facial (EHF); Índice de Restos (IR); Índice de Adesão à Alimentação Escolar (IAAE); técnica de preparo empregada, utilizando a Ficha e Etapas Mínimas de Preparo (FEMIP); número de repetições, além das preferências alimentares e da opinião dos escolares sobre o almoço oferecido. Resultados: Participaram do estudo 189 escolares de ambos os sexos e a alimentação escolar foi avaliada durante 22 dias letivos. Os resultados demonstraram que a média de aceitação da refeição pela EHF foi de 80,1%, indicando que os cardápios estudados não foram aceitos. Além disso, apresentaram um índice médio de rejeição elevado (24,3%). As médias de adesão à alimentação escolar e a adequação da técnica de preparo foi de 64,5% e 70,7%, respectivamente. O porcionamento oferecido foi considerado adequado por 70,3% dos escolares. A maioria dos alunos relatou gostar da alimentação escolar (93,4%) e a prevalência de consumo foi diária (52,4%). Quanto às preferências alimentares, destaca-se o prato principal Carnes (72,5%) e acompanhamentos feijão e arroz, 48,4 e 45,1% respectivamente. Por fim, observou-se que quando o cardápio foi executado segundo as técnicas de preparo adequadas, este apresentou relação positiva e significativa com as variáveis IAAE, EHF e número de repetições. Conclusão: Embora a alimentação escolar tenha apresentado indices insatisfatórios segundo a EHF e o IR é mais ingerida, como foi observado pelo número de repetições, e tem maior adesão quando a técnica de preparo das refeições está adequada. Desta forma, se faz necessária a valorização do preparo das refeições e investimento na capacitação dos responsáveis pela alimentação escolar, sendo a técnica de preparo um método auxiliar na avaliação da alimentação escolar.