Introdução: A alopecia areata (AA) é doença inflamatória imunomediada e poligênica complexa, que causa perda de pelos de qualquer área do corpo. A extensão, a gravidade e a progressão da doença variam amplamente entre os indivíduos. É considerada uma das doenças imunes mais freqüentes, afetando 0,2% da população mundial em algum momento da vida. Há muitas incertezas sobre as intervenções mais adequados para a AA. Esta é a atualização da revisão publicada em 2008. Objetivos: Atualizar e avaliar a efetividade e a segurança das intervenções em AA, nas crianças e adultos, em ambos os sexos, nos três subtipos mais frequentes, AA Focal (incluindo Ofiásica), AA Total e AA Universal. Métodos: Foi realizada extensa busca na literatura médica mundial dos estudos clínicos aleatorizados sobre intervenções. Estes foram avaliados qualitativa e quantitativamente de acordo com o protocolo previamente publicado e sete desfechos definidos. Resultados: 59 estudos foram selecionados, abrangendo 73 tipos de intervenções tópicas e sistêmicas, agrupadas em 15 grupos terapêuticos, 86 análises estatísticas e 7 metanálises. A metanálise com minoxidil 5% vs. placebo apresentou diferença significativa favorável ao minoxidil, com moderada qualidade de evidência na AA Focal de crianças/adultos (RR 8,37 [3,16 a 22,14], IC 95%). Sulfato de zinco vs. placebo, na AA Focal de crianças/adultos (RR 7,33 [2,34 a 22,95], IC 95%); e propionato de clobetasol 0,05% vs. placebo na AA Focal/AT de adultos (RR 3,67 [1,12 a 11,9], IC 95%), apresentaram diferenças significativas em relação ao placebo, com evidências de qualidade muito baixa. Conclusão: Tratamentos da AA Focal com corticosteróides de alta potência (betametasona, clobetasol e triancinolona), minoxidil, bimatoprosta, latanoprosta, PRP, alho, cebola, carboxiterapia e aromaterapia apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação ao placebo, nos estudos de limitado tamanho amostral. Para AT e AU não foram encontradas diferenças estatísticas significativas para os tratamentos sistêmicos. Devido a baixa qualidade metodológica dos estudos, não estamos confiantes que as evidências encontradas sejam conclusivas em relação às intervenções analisadas. São necessários mais estudos de melhor qualidade metodológica, com mais participantes e duração superior a seis meses de observação. MeSH: D000506. Decs: C17.800.329.937.122.147.