Uma estrategia da engenharia regenerativa ossea e usar matrizes associadas a moleculas
osteogenicas e angiogenicas para aumentar a formacao ossea. O objetivo do presente estudo foi
avaliar a eficacia do tratamento de defeitos osseos cranianos extensos com a proteina F1 obtida
do latex adsorvido em diferentes concentracoes (0,01%, 0,025%, 0,05% e 1%) a dois diferentes
biomateriais osseo-substitutos, osso bovino desproteinizado (DBB) ceramica de fosfato de
calcio bifasica (pBCP) utilizando um modelo pre-clinico em ratos. Defeitos de 8 mm de
diametro foram criados nos ossos parietais de 72 ratos preenchidos com o biomaterial puro ou
carregados com as diferentes concentracoes da proteina F1, nas imagens microtomograficas
uma analise visual das reconstrucoes microtomograficas do cranio atraves de cortes
transversais, coronais e sagitais. Subsequentemente, foi feito segmentacao do defeito nas
reconstrucoes atraves de algoritmo de processamento de imagem para quantificacao dos
parametros. Analisando, no grupo BP-G, o volume total de osso (TV), no grupo CSBD-CG o
volume total de osso novo (TV-NB), e nos grupos tratados, o volume total da regiao enxertada
(TV-GR), volume total de osso novo (TV-NB) e biomaterial (TV-DBB e TV-pBCP). Nos cortes
teciduais corados pela Hematoxilina e Eosina foi realizado uma analise histologica descritiva
para verificar a resposta tecidual frente ao tratamento com a proteina F1 e a sua associacao com
biomaterial osteocondutor e correlaciona-la com a determinacao histomorfometrica para a
obtencao dos valores percentuais e de volume de tecido osseo neoformado, biomaterial, medula
ossea e tecido conjuntivo. Na caracterizacao dos biomaterias DBB e pBCP, foi realizado atraves
da metodologia analitica combinada por SEM e SDD-EDS, para analisar morfologia externa e
composicao quimica elementar. Todos os resultados foram comparados entre os grupos pela
analise de variancia ANOVA e o tests de Tukey ao nivel de significancia de 5% (Statistica
v.5.1, StatSoft). Apos 12 semanas, defeitos tratados com biomateriais sem F1 apresentaram
maior formacao ossea em relacao ao grupo controle. A associacao de 0,025% e 0,05% de F1
mais DBB mostraram maior formacao ossea (32,6% e 25,1%, respectivamente) quando
comparados com pBCP, sendo 19,3% e 15,1%, respectivamente.Nos concluimos que, a
estimulacao da angiogenese e osteogenese depende de sua concentracao de F1e das
propriedades fisico-quimicas do material carreador.