Cocaína é um alcaloide tropânico extraído da Erythroxylon coca, popularmente conhecida como coca. Representa 80% dos alcaloides totais encontrados na coca. Aproximadamente 18,8 milhões de pessoas com idade entre 15 e 64 anos fizeram uso de cocaína pelo menos uma vez, no período de 1998 a 2014. O cloridrato de cocaína, uma das formas de apresentação da cocaína, é o sal da cocaína altamente solúvel em água, o que faz com que sua administração possa ser por via nasal, aspirando-se o pó, ou endovenoso. É um pó branco, inodoro, sendo de alto valor no mercado por ser um produto de refino caro, incentivando a adulteração. O papel moeda está contaminado com cocaína, devido ao seu uso como ferramenta no consumo da droga e ao manuseio dos traficantes. E também pela contaminação em máquinas contadoras e caixas eletrônicos. Muitos usuários utilizam as cédulas para inalar o pó, formando um canudo. Por esse motivo, é importante determinar a presença de traços dessa droga nas notas, como uma evidência forense na tentativa de relacionar o usuário e a droga. Neste trabalho, é apresentada a técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector DAD para a análise das cédulas coletadas no município de Seropédica, Rio de Janeiro. Para a extração da cocaína das cédulas, é utilizado banho ultrassom, mostrando taxas de recuperação de até 95% quando ácido acético diluído é utilizado como solvente extrator. O método apresentou linearidade de 0,5 a 50 g/mL, com limites de detecção e quantificação de 0,130 e 0,394 g/mL, respectivamente. Trinta e duas notas foram analisadas, sendo que em três delas não foi encontrada cocaína a níveis quantificáveis e vintee e nove notas apresentaram massas de cocaína na faixa de 11,44 g/nota a 429,487 g/nota.