Para direcionar à um manejo de qualidade se faz necessário um conhecimento básico sobre a dinâmica estrutural da floresta, a morfometria dos indivíduos, bem como suas relações interdimensionais. Os objetivos do trabalho foram descrever a dinâmica da distribuição diamétrica a fim de propor intervenções de manejo utilizando-se o quociente de Liocourt, avaliar as relações morfométricas, ajustar equações para a relação entre a densidade máxima de árvores por hectare em relação às variáveis de copa e verificar se os incrementos diamétricos médios e periódicos de Araucaria angustifolia (Bertol) Kuntze somados com o diâmetro a altura do peito mensurado em 2012 são equivalentes aos diâmetros à altura do peito remedidos no ano de 2016. Os dados foram coletados em um fragmento de A. angustifolia de 84 ha em Lages, SC, sendo remedidos no ano de 2016 todos os indivíduos de araucária, os ingressos e verificado a ocorrência de mortalidade em 25 unidades amostrais permanentes de 400 m², instaladas no ano de 2012. Foram medidos o diâmetro à altura do peito, a altura total, altura de inserção de copa e quatro raios de copa de todos individuos com diâmetro a partir de 10 centimetros e de 121 araucárias obteve-se rolos de incremento. Também foram calculadas a intensidade de corte e a taxa de corte para ciclos de corte de 20, 25 e 30 anos. Os índices morfométricos calculados foram: grau de esbeltez, índice de saliência, índice de abrangência, formal de copa e proporção de copa. Com o conjunto de dados também foi calculado o diâmetro de copa, o fator de competição de copa, a área de superfície de copa, o volume de copa e número de indivíduos por hectare e para a verificação dos incrementos médios somados com o diâmetro a altura do peito mensurados em 2012 eram equivalentes aos diâmetros a altura do peito mensurados na remedição foi considerando o incremento médio obtido de cada árvore em 2012 e o incremento periódico. Para o quociente de Liocourt foi encontrado o valor de 1,32. As taxas de corte foram de 44,89 m³/ha, 63,64 m³/ha e 86,52 m³/ha para os ciclos de corte de 20, 25 e 30 anos respectivamente, dessa forma o volume potencial de madeira que pode ser retirado desse fragmento trariam benefícios econômicos, sociais e ecológicos. O número de árvores por classe diamétrica correlacionou-se positivamente somente com o grau de esbeltez, sendo que com as demais variáveis a correlação foi negativa, refletindo a concorrência por luz ao qual os indivíduos estão sofrendo. Os resultados encontrados para o Fator de Competição de Copa foi superior a 95% evidenciando um alto grau de cobertura do solo pelas copas, onde a densidade máxima por hectare considerando a área de superfície de copa e o volume de copa foi de 171 árvores para um diâmetro médio de 32 cm. O cálculo do diâmetro a altura do peito realizado através do incremento diamétrico foi similar aos dados de mensuração dessa variável obtidos a campo, tornando-se possível utiliza-los para prognose de diâmetros futuros das árvores de araucária.