Devido às precipitações e as temperaturas elevadas, o solo amazônico sofre alterações em seu material de origem e lixiviação em suas bases, tornando-os profundos, pouco férteis e ácidos. A acidez de um solo caracteriza-se pelo seu valor de pH e seu caráter ácido aumenta à medida que o pH do solo diminui. Quando a quantidade de H+ for alta (pH < 5,5) parte do alumínio que estava contido nos minerais primários são liberados. Estudos têm mostrado que o Al+3 está presente em solos ácidos, onde o pH baixo corrobora para a sua liberação, prejudicando o crescimento e o desenvolvimento de plantas com a inibição da formação normal da raiz e interferência nas reações enzimáticas, absorção, transporte e uso dos nutrientes pelos vegetais. Diante do exposto, o presente trabalho objetivou avaliar os efeitos da aplicação de dosagens de alumínio no crescimento e no metabolismo de mudas de Elaeis guineensis Jacq. O estudo foi conduzido em casa de vegetação no período de agosto de 2015 a janeiro de 2016, sendo utilizadas mudas jovens na variedade Deli x Lamé. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado, com 5 repetições, nas quais foram aplicadas dosagens de alumínio de 0, 10, 20, 30 e 40 mg L-1 de AlCl3 (AlCl3.6H2O). A partir dos resultados, têm-se que as menores médias foram observadas nas variáveis altura, número de folhas, número de folhas diferenciadas, matéria seca da parte aérea e matéria seca total, nas mudas que receberam a dosagem de 40 mg L-1 de AlCl3. Diferentemente, o comprimento da raiz e matéria seca da raiz/matéria seca da parte aérea apresentaram acréscimos quando aplicada a maior dosagem de alumínio. Em relação aos parâmetros bioquímicos analisados, verificou-se que a dosagem de 40 mg L-1 de AlCl3 promoveu um maior vazamento de eletrólitos e, maiores concentrações de NO3- e de NH4+, bem como aumento nas concentrações de aminoácidos, proteínas e carboidratos nas folhas e raízes. Em contraste, houve redução na atividade da enzima redutase do nitrato nas raízes e no conteúdo de clorofilas a, b e total com a aplicação da dosagem de 40 mg L-1 de AlCl3. Os resultados demostraram que o dendezeiro apresentou mecanismos de tolerância a toxidez por alumínio no período e dosagens estudadas.