Nesta pesquisa foi avaliada a remoção de etinilestradiol (EE2) por meio de ozonização fotocatalítica em reator de leito fluidizado. De modo complementar, foi realizada a caracterização do meio suporte utilizado para imobilizar o catalisador, com o intuito de se determinar as condições hidrodinâmicas do reator, bem como a distribuição do catalisador no meio de suporte. Foi realizada a avaliação individual dos processos envolvidos na ozonização fotocatalítica (fotólise, ozonização e fotocatálise), a fim de se determinar a existência de sinergia entre estes processos. Os experimentos foram conduzidos em reator em escala-piloto, operado em batelada, com tempo de detenção hidráulica de 120 min e com escoamento ascendente. Para tal, foi construído um reator de leito fluidizado com três compartimentos, composto por duas tubulações de acrílico e uma de quartzo. A operação do reator foi realizada em quatro fases, em sistema fechado e com recirculação do efluente. Cada fase foi marcada por um processo distinto, sendo eles: fotólise, ozonização, fotocatálise e ozonização fotocatalítica. Durante as quatro etapas, a tubulação de quartzo estava envolta por uma tubulação de PVC, na qual estavam dispostas 6 lâmpadas UV-C. Durante a operação, manteve-se o pH e a temperatura em 7,0 e 22º C, respectivamente. Utilizou-se um volume ótimo de esferas, 15% da seção onde ocorre a incidência direta de radiação UV. As amostras foram analisadas por meio de cromatografia líquida de alta eficiência. Os dados obtidos no experimento demonstraram que o sistema teve eficiência de 54,5%, 35%, 37% e 54% para os processos de fotólise, fotocatálise, ozonização e ozonização fotocatalítica, respectivamente. Apesar de ter sido verificado maior remoção de EE2 no processo de fotólise, quando se comparado com os demais processos, percebe-se a curva de depleção de EE2 mais acentuada durante o início do processo de ozonização fotocatalítica. Desta forma, conclui-se que ocorre a sinergia entre os processos de ozonização e fotocatálise, tornando a remoção de EE2 mais rápida durante o processo de ozonização fotocatalítica. A imobilização do catalisador em esferas de alginato de cálcio exerce grande influência na sua ativação e, consequentemente, na redução da eficiência da remoção. Apesar da redução da eficiência quando se comparado com métodos fotocatalíticos convencionais, nos quais o catalisador se encontra em suspensão, o procedimento de imobilização do catalizador permite sua reutilização e suprime a necessidade de se aplicar um processo de separação do catalisador a partir da fase líquida.