O melhoramento genético realizado nas matrizes suínas nas últimas décadas, permitiu o aumento do número de nascidos totais, hoje a hiperprolificidade é uma realidade nos sistemas produtivos. No entanto, acompanhado a melhorias no desempenho reprodutivo, tem-se o aumento da incidência de leitões de baixo peso, bem como o aumento da desuniformidade do peso nas leitegadas. Essa condição pode levar ao aumento da mortalidade pré e pós-natal e prejuízos ao sistema. Estratégias nutricionais durante o período de gestação podem minimizar esses efeitos negativos. A utilização de aminoácidos funcionais podem otimizar o desempenho das matrizes e, entre esses aminoácidos, destaca-se a L-Arginina. A arginina está envolvida em diversas rotas metabólicas importantes, como por exemplo, ela serve de substrato para a síntese de proteína, creatina, óxido nítrico, poliaminas, citrulina, agmatina, ornitina, prolina e glutamato. Também contribui para estimular a secreção de alguns hormônios como a insulina, prolactina e hormônio do crescimento. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da suplementação com L-arginina na ração de matrizes suínas, dos 85 aos 115 dias de gestação, sobre o desempenho reprodutivo da fêmea, desempenho dos leitões ao nascimento, parâmetros fisiológicos e de sobrevivência dos leitões nas primeiras 24 h de vida. Foram utilizadas 20 matrizes suínas pluríparas de dois a sete partos. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, constituído de dois tratamentos: ração sem a suplementação de L-Arginina HCl e ração com suplementação de 1% de L-Arginina HCl na forma on top, com base na quantidade de ração fornecida. Para as análises estatísticas, utilizou-se o software SAS® (SAS INSTITUTE, 2004). A suplementação com L-arginina não influenciou o número de leitões nascidos por leitegada, o peso dos leitões ao nascimento e peso da leitegada ao nascimento. A composição corporal das fêmeas, produção de colostro e duração do parto também não foram influenciados pela suplementação. O percentual de leitões com peso abaixo de 0,8 kg ao nascimento e às 24 h foi menor (P<0,05), em matrizes suínas suplementadas com L-arginina, também foi observado diminuição (P<0,05) da variabilidade dos pesos dos leitões às 24 h. A temperatura retal dos leitões ao nascimento foi influenciada positivamente pela suplementação das fêmeas. A suplementação da ração de gestação de matrizes suínas com L-arginina diminui a porcentagem de leitões de baixo peso, influencia positivamente o vigor dos leitões ao nascimento e diminui a variabilidade da leitegada, 24 horas pós-nascimento.